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Correspondência Internacional.

03-02-2010

Revolução e contrarevolução cara a cara no Egito

As grandiosas ações das massas que sitiavam a cidadela do poder, insurrecionavam-se e abriam a revolução no Egito, hoje tentam ser desviadas com a política traidora das direções pequeno burguesas e burguesas como o movimento “6 de abril” e El Baradei e os Irmãos Muçulmanos.
Mas Por que apesar da heróica ação das massas egípcias ainda não caiu o governo e o regime e, pelo contrário, as forças da reação se reagrupam e lançam um ataque contrarevolucionário?
É que depois de que as massas abrissem uma verdadeira insurreição, desarmassem á polícia e saíssem ás ruas por milhões, combatendo contra o regime de Mubarak, questão que abriu uma crise revolucionária e deixou pendurado no ar ao governo e o regime bonapartista de Mubarak, lacaio do imperialismo ianque, as massas não tomaram o poder.

O terror que lhes produz a revolução egípcia aos estados maiores da burguesia imperialista mundial se deve a que o combate das massas egípcias choca de frente contra o dispositivo contrarevolucionário do imperialismo na região que é o estado de Egito junto ao assassino estado sionista fascista de Israel.

A burguesia precisa impedir a toda costa que triunfe a revolução no Egito, isto é, precisa fechar a crise revolucionária que abriram as massas em luta pelo pão, o trabalho e contra o saque imperialista, e é vital para eles impedir que estoure pelos ares o dispositivo contrarevolucionário para conter ás massas da região, que é o estado de Egito, já que de suceder isto, se abriria o caminho para que se levantem os explorados de todo Oriente Médio contra o imperialismo. Por isto Obama, El Baradei, Os Irmãos Muçulmanos e o Movimento 6 de abril tentam transformar esta grandiosa insurreição que protagonizam as massas egípcias -com a “marcha do milhão de pessoas” totalmente desarmadas- numa luta pacífica por “a democracia e a liberdade em geral”, isto é uma “revolução de terciopelo” oposta à revolução proletária.
O grande problema que concentra hoje a grandiosa revolução que se abriu no Egito é que as massas não conseguiram generalizar o armamento para enfrentar à oficialidade do exército, dividindo-o e ganhando aos soldados rasos para as filas da revolução; única forma de enfrentar e achatar definitivamente às bandas fascistas contrarevolucionárias de polícias, lúmpenes e servidores públicos pagados pelo estado assassino quem, armadas até os dentes, ingressavam com o apoio da oficialidade do exército, á praça principal para tentar massacrar ás massas desarmadas. Só conquistando o armamento generalizado das massas, estas poderão avançar já na tarefa do momento, que não é outra que a tomada do poder e o triunfo da revolução.
As massas não se fizeram do poder e hoje no Egito revolução e contrarevolução se vêem a cara: Por um lado, o proletariado começa a confraternizar com a base do exército e ameaça com parti-lo, ganha-se às classes médias empobrecidas e empurra cada vez mais a ações superiores (questão que mostra que já faz tempo as massas insurrectas estão muito próximo do poder). Por outro lado, as direções burguesas e pequeno burguesas tentam adormecer ás massas com a sinistra política de democracia e “mudança democrática”, atuando como verdadeiros cavalos de Tróia, desarmando ás massas para que atuem as bandas contrarevolucionária do estado burguês, agente do imperialismo. Esta é a mesma política da frente democrática que o imperialismo e seus governos lacaios aplicaram para achatar ás massas na Palestina, Honduras e Bolívia.

Mas as massas demonstraram que não está dita a última palavra. Apesar e na contramão das direções reformistas que tentam desviar a revolução com greves de pressão e marchas pacifistas, os explorados egípcios estão longe de render-se e combatem valentemente às hordas contrarevolucionárias.

Por isto é que hoje mais do que nunca está proposto retomar e redobrar a ofensiva que as massas abriram com a revolução. Para isso é necessário romper com a política pacifista das direções burguesas e pequeno burguesas que tentam abortar e cercar a grandiosa revolução que abriram os explorados egípcios, pondo-a aos pés da transição burguesa “democrática” impulsionada por Obama, política que permite que o estado tome valor e saque as ruas suas bandas contrarevolucionárias para achatar ao proletariado.
Esta política é a que impede, pelo momento, que a mobilização de milhões de explorados no Egito estabeleça já um verdadeiro Congresso que aglutine a todos os organismos que as massas em luta puseram em pé, e que comece a funcionar como um grande parlamento operário e dos setores empobrecidos do campo e a cidade, que destrua ao regime burguês e se faça do poder.
É que o problema central da revolução no Egito é que, pese á insurreição protagonizada pelas massas egípcias, ainda não se destruiu o regime nem se tomou o poder. Isto agudiza a graus extremos a crise de direção revolucionária e demonstra o limite da espontaneidade das massas que, por mais grandiosa que esta seja, como o mostram as massas do Egito, não é suficiente para organizar a insurreição triunfante e tomar o poder. As massas egípcias precisam hoje mais do que nunca derrotar ás direções reformistas e pôr uma direção revolucionária a sua frente.

Pedro e Joaquín pela direção do POI-CI de Chile

 

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