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Como no ELAC e a “Contra cume do Madri”...
Mais uma vez, os renegados do trotskismo aos pés de Obama e as burguesias bolivarianas

O CONCLAT e seu “Encontro Internacional”
Um novo cerco à vanguarda operária boliviana e mundial

Novamente, esta vez no Brasil, reuniram-se os renegados do trotskismo em suas variantes morenista e mandelista, junto as restantes direções reformistas que com sua política vêm subordinando os combates da classe operária aos interesses da burguesia. Outra vez o capital em ruínas reagrupou ao asa esquerda do V Internacional de Chávez e as boli-burguesias, de Hu Jintao e os mandarins vermelhos do PC chinês e a burocracia castrista restauracionista.

O dia 5 e 6 de junho, na cidade de Santos, Brasil, realizou-se o congresso de “fusão” das centrais sindicais CONLUTAS (dirigida pelos morenistas do PSTU/LIT) com a INTERSINDICAL (dirigida pelos mandelistas do PSOL), sob o nome de “Congresso da Classe Trabalhadora / CONCLAT”. A este congresso foram 3.000 delegados em representação de 3 milhões de trabalhadores, demonstrando o entusiasmo acordado em amplos setores de vanguarda, que viam ali um caminho para unificar suas forças, enfrentar os ataques do governo de Lula e varrer com a burocracia pelega da CUT.
Dito congresso contou entre os que o convocaram, além de CONLUTAS -PSTU/LIT- e INTERSINDICAL -PSOL-, ao Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), o Movimento Avançando Sindical (MAS) e a Pastoral Operária (PO), tal qual o tinham lembrado faz um ano no Foro Social Mundial (FSM).
Mas este congresso de “unificação” se “rachou” (matéria aparte) com o pretexto de qual seria o nome da “nova” central sindical. Digamos a verdade: o PSTU e o PSOL decidiram rachar o CONCLAT para aprofundar a divisão que reina sobre a vanguarda operária, e assim levar à desmoralização às faixas do proletariado mais combativo.

Ao outro dia, o 7/6 na Praia Grande, tanto o PSTU-LIT como o PSOL, se “reunificaram” novamente no “Encontro Internacional, Viva a unidade internacional dos trabalhadores”, onde participaram mais de cem delegados internacionais de América, Europa e Japão. Este “Encontro Internacional” é continuidade do ELAC (Encontro Latino Americano e Caribenho de Trabalhadores) que em 2008 se pusesse de pé para com sua política de colaboração de classes submeter a ala esquerda do proletariado de todo o continente a Obama e as burguesias bolivarianas. E também é continuidade da recente “Contra-Cume dos Povos” do Madri onde as direções reformistas se centralizaram ao redor da política de “União Européia forte e social”, com a qual se posicionam na calçada contrária de organizar e centralizar o combate do proletariado grego e do resto da Europa para enfrentar o feroz ataque dos parasitas do capital financeiro e os governos imperialistas contra as massas. Demonstram assim que são inimigos de preparar e organizar a greve geral continental para que a classe operária com seus combates revolucionários poda demolir a Europa imperialista de Maastricht e avancem para os Estados Unidos Socialistas da Europa.

No entanto, ao CONCLAT e seu “Encontro Internacional” também assistiram delegações da Bolívia da Federação de Juntas Vicinais (FeJuVe) do El Alto e os Fabris de La Paz, quem procuravam um caminho internacionalista para enfrentar ao governo de frente popular de Evo Morales e à burocracia colaboracionista da COB. Estas delegações de organizações bolivianas propuseram valentemente como moção que se votasse a luta contra as burguesias bolivarianas e enfrentar a “demagogia” das burguesias como a do governo da frente popular de Morales. Infelizmente o “Encontro Internacional” votou na contramão deste encaminhamento, pondo ao nu que todas as correntes presentes se submetem à burguesia, já que negar-se a denunciar e a enfrentar “as demagogias burguesas contra os trabalhadores” é renegar da luta pela revolução e pela derrubada revolucionária de seus governos e regimes infames, serventes do imperialismo. Não denunciar nem enfrentar “as demagogias das burguesias nacionais” significa submeter à classe operária país por país às mesmas. Em definitiva a política votada no “Encontro Internacional” do CONCLAT divide à classe operária Latino Americana e mundial para cercar, afogar e desviar qualquer tentativa de responder com sua luta antiimperialista e revolucionária ao ataque da burguesia.

Não enfrentar a “demagogia” burguesa é: ser um servente desse Bush tisnado, que é o açougueiro Obama, quem comanda os massacres do imperialismo ianque no planeta. É renegar da luta contra a burocracia castrista, que junto ao imperialismo avançam com a restauração capitalista na Cuba e se aprestam a deixar na rua a um milhão de trabalhadores. É negar-se a enfrentar a esses governos que em nome da “democracia” assassinam operários, como o fez Chávez com dezenas de dirigentes operários e estudantis, Evo Morales que mandou ao exército a massacrar aos mineiros de Huanuni, ou Lula que com seu ex Ministro de desenvolvimento agrário –o mandelista Miguel Rosseto (hoje presidente da PETROBRAS)- legitimou o acionar das guardas brancas dos fazendeiros para assassinar a centos de camponeses sem terra, ao mesmo tempo que mantém militarizadas as favelas numa constante matança, repressão e perseguição contra os “pobres diabos” que vivem amontoados nos morros.

Lamentavelmente com sua política, as direções reformistas reunidas no “Encontro Internacional” se preparam para voltar a cercar o combate do proletariado na Bolívia e impedir que se reabra a revolução nesse país. Este CONCLAT é uma reafirmação do ELAC de 2008, organizado pelos renegados do trotskismo do PSTU/LIT. Ontem sustentaram ao burocrata Montes da COB, recobrindo-o com uma roupagem “trotskista”, enquanto este submetia ao combativo proletariado boliviano ao governo da frente popular de Evo Morales que pactuava com a Média Lua fascista massacradora de operários e camponeses. Hoje se colocam num ângulo de 180 graus dos combates que vêm protagonizando os fabris de La Paz, quem em 2008 ante a levantamento fascista da Média Lua chamaram à classe operária a pôr em pé milícias operárias para achatar ao fascismo, e que agora ao grito de Montes traidor, fora da COB!”, são a avançada na luta contra os pactos contra revolucionários dos governos da frente popular e o imperialismo no continente. O programa de colaboração de classes aprovado no “Encontro Internacional” do CONCLAT é o programa que defende e sustenta Pedro Montes e a burocracia cobista (da COB, NdT) colaboracionista odiados pelo proletariado e faixas das massas combativas!
Era correta o alerta dos camaradas da WIVL que, em resposta ao convite da CONLUTAS-PSTU, avisavam que este CONCLAT com a política imposta pela direção da CONLUTAS e a INTERSINDICAL, orientava-se, por seu caráter de colaboração de classes, a ser a continuidade dos congressos sindicais do stalinismo da década dos 30, que encabeçasse Lombardo Toledano, para subordinar ao proletariado aos imperialismos “democráticos” e sustentar às frentes populares que estrangulavam as revoluções espanhola e francesa daqueles anos; traições que abriram o caminho à II Guerra Mundial que o proletariado teve que pagar com dezenas e dezenas de milhões de mortos.

Como continuidade da Cume dos Povos de Madri:
Depois de rachar o CONCLAT, as direções reformistas e colaboracionistas centralizam suas forças no "Encontro Internacional".

Ao dia seguinte de rachar o CONCLAT, o PSTU e o PSOL voltaram a juntar-se. Como continuidade do ELAC de 2008, do Foro Social do Belém de 2009 e a “contra cume” realizada no Madri em maio de 2010, o 7 de junho se realizou o “Encontro Internacional” do CONCLAT. Deste Encontro, além do PSTU-LIT e o PSOL, participaram também Jane Slauter dirigente do Labor Notes, organizações que reúnem oposições sindicais nos EUA, e também desse país, Jeff Macler por Socialist Action. Ademais assistiram: uma delegação japonesa encabeçada por Teruoka Seichii, membro do executivo do Sindicato Nacional dos Ferroviários de Douro-Chiba e dirigente da JRCL-NC Chukaku-Há; Sotires Martalis membro da Federação de Servidores Públicos da Grécia; junto a delegações dos NPA (Novos Partidos Anticapitalistas, NdT) europeus, Christian Mahieux da França, e representantes de Espanha, Portugal, Suíça, Alemanha e Rússia. Participaram também Didier Dominique, da organização sindical e popular Batay Ouvriye do Haiti, Orlando Chirino pela C-CURA da UNT da Venezuela, Juan Barahona, representante da Frente Nacional da Resistência da Honduras, e representantes de México, Costa Rica, El Salvador, Panamá, Peru, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, Uruguai e Paraguai.

Nada bom se podia esperar dos que assistiram a esse encontro. É que ali se voltaram a reunir os que depois da catástrofe do terremoto em Haiti, com Batay Ouvriye à cabeça com sua política de “ajuda humanitária, sim; ocupação militar, não” ante a avançada militar ianque se negaram a chamar a formar milícias operárias e brigadas operárias internacionalistas de médicos, socorrestes e combatentes, para ir à ajuda das massas e derrotar aos invasores imperialistas, da Minustah de Lula e restantes bolivarianos, para expulsá-los da ilha. É que oram estes mesmos dirigentes que ontem desde o ELAC no Haiti, nunca chamaram a expropriar o alimento e a propriedade dos capitalistas para que sobrevivam as massas exploradas no Haiti e Dominicana. Nunca convocaram a um Congresso Internacional de emergência, para lançar um encaminhamento urgente nas organizações operárias do continente para impulsionar um plano de luta e a Greve Geral continental derrotando a política colaboracionista das burocracias de Alaska a Terra do Fogo.
Se juntavam novamente os que, junto aos social patriotas ianques Alan Benjamin e Clarence Thomas, usurparam o combate dos portuários do local 10 do ILWU de Oakland, na Bahia de São Francisco, que com mobilizações, greves, piquetes e boicote, eram a vanguarda do movimento anti-guerra contra Bush e as petroleiras imperialistas. Também liquidaram ao movimento pelos direitos dos imigrantes que convocassem a duas greves gerais. Em ambos os casos levaram a essa ala esquerda do proletariado norte-americano aos pés do açougueiro Obama.
Encontravam-se todos os que ante o golpe contra revolucionário de Obama e sua base militar, a United Fruit, a igreja e Micheletti, na Honduras, subordinaram-se a Zelaya (o presidente deposto) e se negaram a enfrentar o golpe militar com os métodos da revolução proletária, permitindo que massacrassem à vanguarda operária e camponesa hondurenha.
Centralizavam suas forças os que da mão de Bensancenot e o NPA francês, apoiado por todos seus sócios europeus, foram a trair a greve geral revolucionária em Guadalupe e Martinica no Caribe centro americano, onde propuseram que a demanda de 200 euros de aumento “não saísse dos bolsos dos contribuintes da França”, defendendo assim os interesses da V República. São “socialistas” de palavra e verdadeiros defensores das colônias de ultramar da França imperialista, que se negaram a impulsionar a expulsão das tropas dos açougueiros franceses.
Fica demonstrado que no CONCLAT e seu “Encontro Internacional” se centralizaram a nível internacional, desde América a Europa e chegando até a Ásia, as direções reformistas cujo papel é sustentar por esquerda aos governos bolivarianos nas semi coloniais e submeter à classe operária das metrópoles aos governos e regimes imperialistas, em momentos em que os capitalistas redobram seu ataque contra a classe operária e os explorados a nível mundial.
Agora todos juntos se preparam com Chukaku-Hà à cabeça, para conter à classe operária do Japão que é a que tem em suas mãos a chave para liberar do jugo imperialista ao proletariado profundo da Ásia, que entra ao combate na Coréia do Norte, China e na Península da Indochina.

Um “Encontro Internacional” aos pés das burguesias da “frente democrática”, que recusa o valente encaminhamento dos fabris de La Paz de enfrentar a “demagogia” das burguesias e seus governos bolivarianos

Todos os presentes votaram recusar a moção dos fabris de La Paz de enfrentar a demagogia da burguesia e seus governos bolivarianos. Questão que significa não enfrentar a demagogia mentirosa e infame desse açougueiro imperialista que é Obama, tão ou mais assassino que Bush. Significa submeter à classe operária a sua própria burguesia, como o fez a burocracia da AFL-CIO em EUA, permitindo que Obama saia ao resgate dos parasitas imperialistas e seus bancos a costa da fome, a miséria, desemprego, a massacre e ruína dos explorados dos EUA e o mundo. Significa subordinar ao proletariado à “frente democrática” do imperialismo e as burguesias bolivarianas, que como Zelaya na Honduras, ameaçou demagogicamente com a “mãe das batalhas” contra o golpe, e como marionete de Obama e dos Clinton terminou legitimando a “democracia” dos golpistas.
Ademais, negar-se a denunciar a Morales e a demagogia das burguesias nativas, é atar a sorte do proletariado boliviano à dos partidos burgueses e à frente popular “democrática”. Assim permitiram que estes pactuem com a Média Lua fascista e estabilizem o regime expropriador da revolução, com uma Constituição e um governo de frente popular que não lhes dá nem o pão aos operários, nem a terra aos camponeses, nem o gás aos bolivianos, nem rompe com o imperialismo.
Esta política dos renegados do trotskismo e stalinistas de não enfrentar a “demagogia das burguesias” já se aplicou na “Contra Cume dos Povos” no Madri. Mas resulta ser que com o crash da economia mundial a “demagogia” já se acabou: os “demagogos” como Zapatero da Espanha e os charlatões como Brown da Inglaterra, junto a todos os partidos social-imperialistas, sacaram-se a careta e passaram ao ataque por decreto contra a classe operária, para impor uma maior flexibilização trabalhista, roubar-lhe os salários e as aposentadorias e impor as piores condições de escravatura, para que pague os custos da crise com “sangue, suor e lágrimas”.
Não lutar contra a “demagogia” burguesa significa não enfrentar ao governo “socialista” e “democrático” de Papandreu na Grécia, que é o que comanda o mais terrível ataque contra a classe operária. Por isso as direções reformistas levaram todas as energias revolucionárias dos explorados a uma luta de pressão para que a Goldman Sachs, o Bundesbank e restantes parasitas imperialistas e seus governos “não apliquem seu plano contra os trabalhadores”. A vida deu um veredito sobre esta política. Depois das 6 greves gerais na Grécia, por não avançar a pôr em pé os sovietes, centralizando e desenvolvendo os organismos de luta que as massas puseram em pé, conquistar o armamento do proletariado, e preparar a insurreição para derrubar a Papandreu e tomar o poder, a burguesia imperialista com seu Parlamento legitimou o feroz ataque.

É por tudo isso que neste “Encontro Internacional” do CONCLAT não existiu uma só palavra da luta revolucionária no Madagáscar. Também não se disse nada sobre o combate revolucionário das massas de Quirguistão que acurralou ao exército na revolução, o qual não saiu às ruas por temor a ser dividido e sua casta de oficiais destruída pelos operários que se tinham armado derrocando ao governo de Bakiev. Como a revolução do Quirguistão vai ocupar um lugar nesse congresso, se se votou contra os fabris de La Paz não enfrentar às “demagogias” das burguesias nativas? Quando agora no Quirguistão é a burguesia nacional “democrática” da Rosa Utumbayeva a que manda ao exército a assassinar aos operários Quirguizes e uzbeques, que armados em barricadas comuns defendem os bairros operários atacados pelos pogroms das bandas de lúmpenes tajicos, financiados pela base ianque instalada no sul do país. Com este ataque preparam a intervenção do exército russo do assassino Putín. Assim defendem a base ianque desde onde opera a logística das tropas que massacram às heróicas massas que resistem a ocupação imperialista no Afeganistão!
Ficou claro a quem servem e a que interesses defendem o CONCLAT e seu Encontro Internacional do Brasil e a “Cume dos Povos” do Madri: Infelizmente… o dos exploradores.

As campanhas aprovadas no “Encontro Internacional”… mais um botão de mostra do servilismo dos renegados do trotskismo à burguesia do “frente democrática”

Neste “Encontro Internacional” se votaram 4 campanhas centrais, sob o lema “que a crise a paguem os capitalistas”, sem por suposto dizer como se leva adiante esta enorme tarefa que tem por diante o proletariado mundial. As campanhas foram as seguintes: “Campanha de solidariedade -de acordo com a realidade de cada país- no confronto contra a crise econômica mundial expressada neste momento em Grécia, e que provavelmente se estenderá a Portugal e Espanha”. “Campanha pelo retiro imediato das tropas militares da ONU e pelo fim da ocupação do Haiti”. “Promover atividades de apoio à luta do povo palestino e denunciar a Israel veementemente pelo recente ataque promovido contra o comboio que chegava por mar para solidarizar-se com a luta palestina”. “Denunciar a criminalização dos movimentos sociais e sindicais, principalmente na Honduras, Colômbia e Venezuela aonde vêm ocorrendo diversos assassinatos impunes nos movimentos”.
Em todas estas campanhas, as direções reformistas nada dizem de enfrentar e derrocar aos governos burgueses que lançaram um feroz ataque contra as massas em todo mundo.
Sobre Haiti, Honduras, Latino América e Europa já alertamos à vanguarda combativa sobre o resultado da política de colaboração de classes que vieram sustentando todas as direções reformista que assistiram ao “Encontro Internacional” do CONCLAT. No entanto, ainda resta advertir sobre o significado da campanha de solidariedade com Palestina que propõe o “Encontro Internacional”. Dita campanha lamentavelmente para as heróicas massas palestinas e de Oriente Médio, nada mais é do que um apoio implícito à política do imperialismo “democrático” turco, isto é, a outro dos agentes de Obama. É que com ataques contra revolucionários por um lado, como o realizado pelo exército fascista sionista israelense -contra a flotilha pacifista-, e com o “frente democrática” pelo outro, encabeçado pela burguesia turca -massacradora da resistência iraquiana e do povo curdo- pondo-se como “defensora” de um “Estado” para o povo palestino, impulsionam a política de dois Estados da “Folha de rota” e os “Acordos de Oslo”. Estas são as duas pontas da mesma corda com que o imperialismo ianque tenta fazer render às heróicas massas palestinas para que reconheçam ao Estado sionista fascista de Israel e aceitem viver nos guetos de Gaza e Cisjordânia.
Estas correntes reformistas pretendem enganar à classe operária mundial propondo que com campanhas pacifistas de pressão se pode romper o bloqueio a Gaza, sem romper o cerco às heróicas massas palestinas, e sem a destruição do Estado sionista fascista de Israel! Como parar os massacres sem enfrentar e derrubar o cerco que lhe impedem às massas palestinas unir suas forças junto ao proletariado de Oriente Médio para sepultar ao imperialismo e todos seus agentes na região?! Por isso desde o “Encontro Internacional” do CONCLAT se negaram a convocar a que as organizações operárias ali presentes -que têm fundos de sobra para fazê-lo- chamem a todas as organizações da classe operária mundial a pôr em pé brigadas operárias internacionais para levar petrechos, medicamentos e armamento para combater junto às massas palestinas.

No “Encontro Internacional”, junto à delegação japonesa de Chukaku-Há, os reformistas discutem como salvar à burguesia da irrupção do proletariado asiático

A burguesia imperialista tem terror ante os combates das massas do Pacifico e o extremo oriente. Aí estão os combates de massas na Tailândia. A luta da classe operária japonesa contra a base ianque de Okinawa que já provocou a retirada preventiva do governo de Hatoyama. Enquanto, na Coréia do Norte não deixam de suceder-se enormes revoltas da classe operária, contra o roubo em massa das poupanças do povo impulsionado pela burocracia restauracionista ou a nova burguesia desse país e a enorme carestia da vida, que se expressam numa fome generalizada das massas. Os tambores de guerra que soam por parte do imperialismo ianque e japonês desde Coréia do Sul anunciam o pânico de toda a burguesia. Os tambores não são contra os podres escravistas da banda de Kim Ming Sun da Coréia do Norte, senão por que têm terror a que novamente como na pós-guerra se levante a combativa e hoje faminta classe operária norte coreana, pegando fogo toda a península da Coréia.
Ao mesmo tempo, na China a formidável resistência de massas e a luta operária como na fábrica Honda e Toyota, bem como a tragédia do suicídio dos operários que resistem sua escravatura nas fábricas no sul da China da Dell e Hewlett Packard cujos produtos são ensamblados pela taiwanesa Foxxcon, anunciam que sob padecimentos inacreditáveis estão entrando na luta de classes, como ontem em Tonghua e Lingzhou (China), os batalhões fundamentais do proletariado asiático.

São as direções reformistas e sua política colaboracionistas as que impedem uma verdadeira centralidade do combate do proletariado asiático. Todos os reformistas e renegados do trotskismo agora, depois de que passassem anos com mais de 250.000 revoltas das massas exploradas pela terra e contra o saque das potências imperialistas, depois de que rodassem as cabeças dos empresários na Tonghua e Lingzou, anunciam que “o proletariado chinês entrou como batalhão decisivo da luta de classes”. Mas durante todos estes últimos anos tentaram silenciá-lo, e quando não puderam, porque o elefante se lhes meteu no banheiro, estes reformistas não têm mais remédio que reconhecer-lo, enquanto mandam a Chukaku-Hà tentar domesticá-lo.

O papel do stalinismo, entregando China à restauração capitalista e ao saque das potências imperialistas, já se fez evidente ante os olhos do proletariado mundial. A colaboração do stalinismo com os governos burgueses imperialistas do Japão o tem desprestigiado ante os olhos do melhor da classe operária desse país. O proletariado já sabe que o stalinismo entregou à classe operária vietnamita e norte coreana ao imperialismo que a submete à maior escravatura que se tenha memória nesses países.
É por isso que ante a ameaça latente de uma irrupção generalizada do proletariado asiático, as forças do reformismo da esquerda do Foro Social Mundial, e da V Internacional sob as ordens de Hu Jintao, dos Chávez e a burocracia restauracionista castrista, reativaram a Chukaku-Hà a nível internacional. Esta corrente, que fala em nome da classe operária japonesa, hoje sustenta nos EUA à burocracia “de esquerda” dos sindicatos portuários de Oakland, que submeteu à classe operária e ao movimento contra a guerra nos EUA a Obama, como também sustenta ao conselho regional Seul da Confederação Coreana de Sindicatos.
Chukaku-Há, que ontem reivindicava a Ho Chi Mihn e à burocracia stalinista do Vietnã e sua “guerra popular prolongada” (que resultou ser… um martírio prolongado da classe operária vietnamita, hoje entregada ao imperialismo), agora se tenta lavar a roupa suja, revestindo-se de trotskista, para melhor enganar ao proletariado japonês.
Seus acordos com os renegados do trotskismo na Europa e no nível do continente americano são decisivos, já que Chukaku-Há se prepara para jogar no Japão e no continente asiático o mesmo papel de levar à derrota ao mais combativo do proletariado que jogassem os pablistas dos “Novos Partidos Anticapitalistas” europeus, ou os morenistas, mandelistas e demais renegados do trotskismo frente à revolução latino americana.

Teruoka Seiichi, dirigente de Chukaku-Há e membro executivo do Douro-Chiba, chamou a todos a unir-se com eles numa reunião internacional o 7 de novembro em Tokio. Querem exportar este novo dispositivo de contenção da revolução desde Europa e América Latina a Ásia, começando por atar-lhe as mãos ao proletariado japonês que tem em suas mãos as chaves para liberar a seus irmãos de classe de toda a Ásia.
Que lhe vem propondo Chukaku-Há ao proletariado japonês? Que lute por um… Partido de Trabalhadores (PT), isto é, um partido reformista, que não será outra coisa que um lastre no pescoço para a classe operária que a submeterá a uma total impotência para enfrentar a sua burguesia imperialista e ao regime policial toyotista. Por isso Chukaku-Há, como fiel servente do imperialismo, negou-se –ao igual que seus congêneres reformistas de ocidente- a impulsionar uma só luta por igual trabalho igual salário para o proletariado japonês e asiático contra os monopólios imperialistas e seus governos serventes. Caro está pagando a classe operária japonesa e os explorados da Ásia esta política dos social imperialistas de Chukaku-Há no Japão, serventes do stalinismo! A classe operária japonesa para enfrentar a crise deve atar seu destino ao de seus irmãos escravizados da China, Coréia e toda a Península Indochina!

Frente a tanta centralização de forças reformistas
A classe operária precisa um Congresso operário internacionalistas das organizações operárias revolucionárias e os trotskistas principistas!

Tanta concentração de forças de renegados do trotskismo no “Encontro Internacional” do CONCLAT se assemelha à reunificação “sem princípios de 1963” entre as frações centristas da velha IV Internacional de Yalta, sob a direção de Michel Pablo. Mas esta “reunificação” se realiza depois de que “morenistas” e “mandelistas” já têm “cruzado o Rubicón”. São chamados pela V Internacional a “centralizar-se” num plano superior, para que junto a todas as direções social-democratas, stalinistas, e restantes entregadores do proletariado a nível mundial, impeça a irrupção revolucionária da ala esquerda do proletariado no planeta, no meio de que “A” crise econômica imperialista não deixa de aprofundar-se.

No “Encontro Internacional” do CONCLAT, levou-se adiante uma reunião histórica de centralização de forças que em nome do combate pelo “socialismo”, levam à vanguarda operária combativa ao beco sem saída da política de colaboração de classes, para sustentar à frente popular e estrangular o combate revolucionário e antiimperialista das massas. Mas este encontro, como o de maio no Madri, já tem um novo expoente nos EUA, onde hoje sob o auspicio dos mandelistas de Socialist Action, a ISO (Internacional Socialista Operária, NdT), com a participação do SWP (Socialist Workers Party, NdT) da Inglaterra, realizam um tour político pelos EUA de costa a costa, para centralizar ao conjunto dos renegados do trotskismo em Norte América para garantir a ofensiva massacradora do açougueiro Obama no Afeganistão e o resto do planeta e sobre seu próprio proletariado. Tantas reuniões, quase mensais das direções reformistas em diferentes pontos do planeta, demonstram que a burguesia imperialista recorre a todos seus agentes para que a salvem de sua crise e dos combates revolucionários do proletariado. Mas também é uma mostra de que o imperialismo precisa adormecer às massas para aplicar-lhes duras e ferozes derrotas e redobrar seu ataque sangrento contra as massas exploradas do mundo.

É por isso que para liberar todo o ódio e energia revolucionária do proletariado que apesar e na contramão de suas direções entra ao combate, a classe operária precisa um Congresso das organizações operárias revolucionárias e os trotskistas principistas para derrotar às direções reformistas e unificar num só combate ao proletariado internacional aos que lutam tomando as armas para conquistar o pão como em Madagáscar e Quirguistão; junto aos trabalhadores gregos que enfrentam o ajuste do governo com greves gerais; junto aos que se rebelaram contra os traidores da burocracia sindical da COB, que na Bolívia submete à classe operária ao governo da frente popular de Morales; junto às massas palestinas massacradas pelo imperialismo e seu agente sionista-fascista do Estado de Israel; junto as massas da Coréia do Norte que lutam contra a fome e a miséria; junto ao proletariado chinês que enfrentam ao imperialismo e seus serventes os mandarins vermelhos; junto aos operários que no Zimbábue e na África do Sul combatem contra a frente popular; junto à heróica resistência afegã e de todo Oriente Médio que lhe fazem recordar ao imperialismo o fantasma de um novo “Vietnã”, se poderá preparar e organizar uma contra-ofensiva mundial da classe operária para terminar com o regime e o domínio do imperialismo sobre o planeta.

A FLTI -integrada pela WIVL da África do Sul, a IRL do Zimbábue, a LTI da Bolívia, a LTI do Peru, o POI-CI do Chile, a FT do Brasil e a LOI-CI da Argentina- se pôs de pé para dar este combate. Uma nova geração de operários revolucionários precisa um ponto de apoio para combater pela revolução socialista internacional. Esse ponto de apoio só pode ser combatendo por conquistar um Comitê pela Re-fundação da IV Internacional do '38. O único partido que re-fundado, será incapaz de desmoralizar aos explorados porque só estará interessado em provocar a derrota e a desmoralização dos patrões e seus regimes putrefatos que ameaçam com novas barbáries, guerras e fascismo para massacrar à classe operária e estrangular aos povos oprimidos do mundo.
Neste combate a FLTI lhe declarou a guerra à política de colaboração de classes da V Internacional e sua ala esquerda de stalinistas reciclados e renegados do trotskismo, e por isso inscreve com orgulho em sua bandeira: “A IV Internacional goza desde já do ódio merecido dos stalinistas, dos social-democratas, dos liberais burgueses e dos fascistas. Ela não tem nem pode ter lugar em nenhuma das frentes populares. Opõe-se irredutivelmente a todos os agrupamentos políticos ligados à burguesia. Sua tarefa é acabar com a dominação capitalista. Sua finalidade é o socialismo. Seu método é a revolução proletária”.

 
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