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Como ontem na Birmânia, ante as brechas abertas nas alturas…

As massas exploradas da Tailândia protagonizam revoltas
 pelo pão, o trabalho e a terra.

Voltam ao combate contra o imperialismo as heróicas massas da Indochina!

 

                                                                                                                                                           
Desde faz já três meses as massas operárias e camponesas vêm protagonizando enormes confrontos contra o governo, a polícia e o exército na Tailândia. Suas demandas são a renúncia do principal assessor do rei, o Gral. Prem Tinsulaonda, e do premiê Abhisit Vejjajuva e todos seus ministros, pertencentes ao Partido pela Defesa da Democracia.
O ex premiê Thaksin Shinawatra, que foi deposto em 2006 pelos atuais governantes, organizou uma frente único entre seu partido, a União pela Democracia e contra a Ditadura, outros partidos de oposição, setores da oficialidade do exército e uma junta de generais deslocados pelo atual premiê e o rei.
Foi esta frente burguês “democrático” o que chamo a fazer manifestações pacificas para pressionar ao governo por eleições antecipadas para este ano, mobilizando as massas operárias e camponesas identificadas por suas camisas e bandeiras vermelhas, que se puseram no centro da cena política durante os últimos três meses.
Mas esses dirigentes hoje se renderam, enquanto as massas seguem combatendo em estado de revoltas defensivas contra o governo e o exército, porque por trás das demandas democráticas com as que a fração burguesa da Thaksin manipula as massas, existem as demandas e necessidades reais da classe operária e os camponeses pobres de pão, trabalho digno e terra. “Abrimos os olhos e nos demos conta quem são nossos inimigos”, dizem.

Ficou claro ante as massas operárias e camponesas mobilizadas que a fração burguesa da Thaksin e sua UDD as utilizaram para negociar através da arqui reacionária monarquia tailandesa, representante dos interesses diretos do imperialismo nesse país, por uma fatia da renda nacional. Também ficou demonstrado, como veremos depois, que esta fração burguesa teme mais à mobilização revolucionária das massas -e a do que esta derroque ao regime monárquico e ao governo assassino para conseguir suas demandas- que à monarquia e ao governo burguês da Abhisit e sua sangrenta repressão. Pois com eles é sócio, em maior ou menor medida, dos negócios capitalistas e do imperialismo no saque da Tailândia.

Uma vez mais as massas da Indochina se rebelam pelo pão, o trabalho e pela terra e chocam, na Tailândia com o regime monárquico prol imperialista e seus lacaios da burguesia nativa

Os combates da Tailândia retomam hoje o caminho da Birmânia de 2007, que ante o começo da crise se levantavam pelo pão em revoltas que fossem contidas pelos monges, quem se puseram à cabeçadas mesmas manipulando em seu benefício o sentimento antiimperialista das massas e sua luta contra o imperialismo para poder comer. É que nestes países da região da Indochina (hoje dividida nos países da Mianmar –ex Birmânia-, Malásia, Cingapura, Tailândia, e os ex estados operários de Laos, Camboja e Vietnã) a classe operária e os explorados, sumidos numa enorme miséria e baixas condições de vida, responderam com levantamentos espontâneos ante a crise e o grito de guerra dos capitalistas de que seja a classe operária a que a pague. Os operários e camponeses pobres da Tailândia hoje retomam ante a crise este caminho contra o imperialismo, e com seu combate irromperam aproveitando as brechas abertas nas alturas entre duas frações burguesas, como veremos depois.

Indochina
A região da Indochina, que fosse colônia francesa até a expulsão (em 1956) do imperialismo francês pelo levantamento revolucionário das massas e que nos 60-70 derrotaram ao imperialismo ianque na guerra triunfante do Vietnã, é uma península que se encontra no sudeste da Ásia, ao sul da China.
Depois de entregar os estados operários à economia mundo a princípios dos 90, a burocracia stalinista em sua variante maoísta, devém em burguesia e através das joint ventures ou como gerentes locais se associa com as multinacionais -principalmente japonesas e norte-americanas- que se começam a instalar ali. É assim que Vietnã se converteu hoje numa maquiladora ianque e Laos numa reserva de mão de obra escrava que provê dos operários mais explorados da região, os que fazem os piores trabalhos, por exemplo, na Malásia e Tailândia nas maquiladoras japonesas e norte-americanas, alimentadas energeticamente com o gás da Birmânia.
Birmânia é o país que abastece de gás para que funcione todo o parque produtivo da região, bem como Bolívia o é para Latino América. Isto é que na Birmânia a classe operária vive numa enorme miséria, enquanto está paragem sobre enormes riquezas de hidrocarbonetos, que são saqueadas pelo imperialismo para aumentar seus lucros e abastecer da fonte de energia a suas maquiladoras da região nas quais super explora ao proletariado laosiano, cambojano, tailandês, chinês, etc. Por isso na Birmânia vimos uma das primeiras revoltas contra a fome e o ataque da burguesia a nível mundial contra os explorados desde que começasse no 2007uma fenomenal crise econômica mundial.


Por outra parte, toda a região goza de condições ótimas para a agricultura, principalmente o centro da Tailândia que é conhecido como a “malga de arroz” da região, e é aproveitada pelas multinacionais agrícolas. Mas sobre tudo se beneficiando da mão de obra escrava (submetida já seja com regimes de terror como as monarquias-autarquias ancestrais com formas democráticas da Camboja e Tailândia, ou com um regime bonapartista do partido único maoísta e o exército, como no Laos) o imperialismo -em primeiro lugar o japonês- instalou maquiladoras (tanto produtoras como ensambladoras) na região. Por isso hoje Malásia é um dos grandes centros de concentração das maquiladoras japonesas no Pacífico.

Assim, as multinacionais no Pacífico, na península da Indochina e na Tailândia em particular, instalam-se ocupando terras e expulsando ao camponês das mesmas, que fica ou bem como proletariado super explorado nas maquiladoras ou nas zonas de cultivos industriais (soja, arroz, palma oleosa, etc.), ou bem desempregado como exército industrial de reserva usado pelas multinacionais para afundar o salário da classe operária da região. Isto começou a fazer Japão nos 80 e com maior força nos 90, mas deu um novo salto depois dos primeiros signos de queda da taxa de lucro das multinacionais dos diferentes imperialismos instaladas na China quando estas se foram aos diferentes países da Indochina, e a outros setores do planeta, em procura de uma mão de obra com salários ainda menores. Tailândia é um fiel reflexo disto, como o são todos os países da península da Indochina.
Indubitavelmente a derrota dos ex estados operários do Vietnã, Camboja e Laos fez de ímã a fortes investimentos imperialistas, por ter estes países um movimento operário relativamente culto e especializado entregado, com salários de fome, pela burocracia stalinista e maoísta ao mercado e a economia mundial imperialista.

Assim quando a esquerda reformista mundial fala da “decadência do Japão”, que “já teria sido ultrapassado por China como segunda economia mundial”, não faz mais do que encobrir as tropelias dos açougueiros imperialistas japoneses que se associaram a EUA em seus negócios de saque e brutal exploração da classe operária dos povos da Ásia, da China e da Indochina. O imperialismo japonês, como EUA, tem re-localizando suas empresas essencialmente no Pacífico, mas também na América Latina e África enquanto deixa a centenas de milhares de operários japoneses desempregados para afundar o salário de sua própria classe operária. Assim, sócio a EUA no saque dos povos oprimidos da Ásia, África e América Latina e colaborando no saque do Oriente Médio de onde obtém petróleo do Iraque para seus transacionais, é a forma na qual o imperialismo japonês e suas corporações obtêm super lucros para paliar sua crise e bancarrota.
É esta sociedade comercial, política e econômica do Japão com EUA a que em última instância explica um aparelho militar comum, e as bases militares ianques no Japão, que são e estão para custodiar os interesses dos EUA e Japão como imperialismo secundário no Pacífico, tal qual ficasse depois da derrota ante o imperialismo anglo-ianque, como resultado da Segunda Guerra Mundial. Japão é o mais fiel aliado, por agora associado como segundo irmão, dos EUA no saque do planeta.
Esta questão não é denunciada pela esquerda dos países imperialistas que escondem as tropelias contra revolucionárias do Japão sob o manto ianque no domínio do planeta. É inútil, desde já, pedir-lhe aos partidos social-imperialistas que deixem de sê-lo, inclusive no Pacífico.

Tailândia, uma maquila super explorada pelo imperialismo

Tailândia é uma mais das maquilas do sudeste asiático, sendo a 10º exportadora de automóveis do mundo, com 500.000 operários só na indústria automotriz, e uma florescente industrial têxtil, sobretudo de fibras sintéticas, unida às autopeças e ao ramo da construção, favorecida pelo boom no comércio e a hotelaria. Importantes, mas em menor medida, são a indústrias químicas, metalúrgicas e de linha branca, principalmente em poder dos monopólios japoneses ou multinacionais de capital norte-americano e japonês.
Os negócios, principalmente as maquiladoras, fazem-se todos com investimentos imperialistas. A burguesia tailandesa compartilha, seja na forma de joint ventures, de empresas associadas, ou como gerentes das empresas imperialistas diretas, os negócios que fazem os imperialistas na região.

Japão foi o que mais se meteu com Toyota, Nissan, Isuzu-Suzuki e Nippon Steel (esta última como sócia maior da companhia petroleira tailandesa em explodir gás e petróleo da Birmânia, e as companhias coreanas como Daewoo e outras, dominadas por Japão. A sua vez, em menor medida Inglaterra faz seus negócios, provendo de armas ao exército tailandês.
Outro setor importante da economia tailandesa –ainda que viesse em picada pela crise- a onde também se volcam os investimentos imperialistas, é a indústria do turismo, onde o negócio dos complexos turísticos está em mãos de um setor da burguesia tailandesa e também gera uma classe média rica unida ao mesmo.

Importante é destacar que depois do Japão, Estados Unidos entrou também conseguindo grandes vantagens para seus investimentos, compartilhando os negócios petroleiros das companhias tailandesas e malaias em Birmânia. Enquanto na Tailândia, faz entrar seu capital financeiro em forma de empréstimos, investimentos, bancos, etc., gozando de benefícios que não tem nenhuma outra potência imperialista neste país suas empresas são tratadas como empresas nacionais, pelo que estão isentas de pagar impostos e não lhes exige outros requisitos como o de ter membros tailandeses em seu diretório, ou ter que se associar e fazer joint ventures, etc. Isto lhe permite ao imperialismo ianque sacar a mais-valia limpa diretamente.

Ante o ataque de Abhisit e a rendição de Thaksin e a UDD, as massas ficaram combatendo independentemente em revoltas defensivas

Thaksin e a UDD para negociar sua partilha no botim da super exploração operária chamaram às massas a mobilizar-se. Até agora intervieram os camponeses pobres e os habitantes das vilas misérias que rodeiam Bangkok. Isto implica que a classe operária tem estado presente nas barricadas e as revoltas, ainda que sem fisionomia própria, sem fazer pesar seu papel como produtor das riquezas, dentro do movimento dos camisas vermelhas, sob demandas democráticas usadas pela fração burguesa da Thaksin para desviar às massas da luta por que a crise a paguem os capitalistas. Desde fevereiro, grandes massas de camisas vermelhas e suas famílias, que chegaram a ser uns 100.000 em abril, ocuparam o centro e as zonas de turismo mais luxuosas do Bangkok, incluindo a zona de atividade financeira (grandes bancos, a Bolsa, os enormes shoppings que são o coração dos negócios imperialistas na Tailândia) formando barricadas com canas de bambu aguçadas, pilhas de pneumáticos e todo tipo de elementos. Com fundas, estacas de bambu e algumas armas curtas se prepararam para recusar os ataques seguros de seus inimigos.
Abhisit chegou num verdadeiro momento a propor chamar a eleições em novembro, pelo temor de que uma ala do exército que não estava de acordo com reprimir, se desse volta, e ademais era evidente do que uma parte da polícia e do exército se estavam dividindo e passando-lhe armas aos camisas vermelhas, e inclusive lutando fisicamente junto a eles. Mas ainda que os líderes da UDD tivessem aceitado o acordo, as massas se negaram rotundamente a aceitá-lo. Não tinham deixado tantos mortos, feridos e detentos para conseguir tão pouca coisa. Então o governo não esperou mais. Depois de meses de luta nas ruas por parte das massas contra o governo Abhisit e o exército assassino, com combates que custaram mais de 80 mortos e milhares de feridos entre os manifestantes e os repressores, o governo decretou o estado de sitio para facultar ao exército que detenha sem entraves judiciais e declarar que seja delito estar fora de casa depois das 20 horas. Abhisit decidiu a terça-feira 18 de maio fechar todo diálogo e atacou o acampamento dos camisas vermelhas na zona financeira e turística, derrubando as barricadas com tanques, disparando granadas e balas de rifles. Ante o ataque, um grande setor dos líderes da UDD se entregou e chamou á dês-mobilização. No entanto os manifestantes não obedeceram, (bem como antes tinham recusado as negociações por suspeitas de pactos encobertos) e setores deles foram queimar edifícios ou a livrar escaramuça com as tropas em outras partes da cidade.
O ataque do governo, longe de acalmar a situação, agonizou-se, não só no Bangkok (a capital da Tailândia) senão também nas províncias do norte e nordeste, bastões da UDD. Nessas províncias grandes grupos de manifestantes queimaram edifícios municipais com seus anexos nas cidades do Udon Thani, Kon Kaen, que são importantes cidades, bem como a governança de uma das províncias orientais. Em Bangkok se queimaram ao redor de 70 edifícios estatais e privados, inclusive dois dos mais importantes e imensos shoppings, o edifício da Bolsa de valores da Tailândia e os escritórios do canal 3 de televisão e de alguns jornais em idioma inglês.

A UDD se rendeu, mas as massas seguiram combatendo em estado de revolta contra Abhisit e a casta de oficiais assassinos do exército tailandês. Já identificaram a seus inimigos. Thaksin e outros dirigentes da UDD extra oficialmente confessaram que perderam o controle das massas, reconhecendo que entre as brechas nas alturas irromperam as massas pauperizadas.

A grande lição destes combates da Tailândia é que o camponês pobre e os operários agrícolas precisam, para romper com a burguesia “opositora”, de uma intervenção audaz e decisiva do proletariado da Tailândia, que concentrado em enormes empresas automotivas, devem ser os que acaudilhem e dirijam o próximo levantamento revolucionário, porque são os únicos que poderão levá-lo ao triunfo. É que eles são capazes de atacar e expropriar ao grande capital imperialista e controlar as molas chaves da economia da Tailândia
Neste primeiro embate, o proletariado interveio diluído nessa aliança com a burguesia e como camponês pobre. A luta por pôr em pé os comitês de fábrica em todas as maquiladoras da Tailândia é inseparável da luta por estabelecer a aliança operária e camponesa sob a direção do proletariado, derrotando ao estado e ao regime burguês.
Para isso a condição será romper com a burguesia. É uma obrigação de todas as organizações que se dizem representantes do proletariado romper com a burguesia, por mais de “opositora” e de “vvvvvvvvvvermelho” do que esta se vista para manipular a luta revolucionária das massas.
As massas exploradas da Tailândia já estão sacando a conclusão de que a burguesia “opositora” e os famosos oficiais que posavam de libertadores do povo se renderam de forma cínica e covarde deixando-as expostas a uma brutal repressão. Esses oficiais, como parte da casta de oficiais burguesa do exército da Tailândia, jamais enfrentarão de forma decisiva a suas congêneres da casta de oficiais do exército da monarquia, porque em última instância respondem aos mesmos interesses de classe.
Os aliados dos explorados não são outros que os soldados rasos, aos que a milícia operária e camponesa uma vez desenvolvida até o final chamará audazmente a pôr em pé seus comitês. Assim se estabelecerá o verdadeiro duplo poder na Tailândia, que não será uma luta de pressão como a que utiliza a burguesia e suas diferentes frações para se repartir os negócios, senão que o constituirão os conselhos de operários e camponeses pobres com suas milícias e os comitês de soldados.
Pela destruição da casta de oficiais do exército assassino, servente da monarquia e o imperialismo! Há que pôr em pé uma milícia operária e camponesa para ganhar à base do exército que organize seus comitês de soldados!

 

Para conseguir pão, terra, trabalho e todas as demandas das massas…
Abaixo a monarquia!
Por um governo de operários e camponeses apoiado nos organismos de democracia direta das massas, sua milícia e os conselhos de soldados rasos!
Fora o imperialismo!

As massas que não se renderam seguem combatendo e estão armadas, já que assaltaram delegacias e recebido armas de soldados e polícias. É que não conseguiram suas verdadeiras demandas pelas que se levantaram, isto é, pão, trabalho, terra e a independência nacional. Isto é pelo que vêm lutando e dando suas vidas. As massas na Indochina já antes se levantaram pelo pão, isto é por não pagar a crise que a parasita burguesia mundial provocou e quer fazer que as massas a paguem com fome, miséria e super exploração. Essa briga hoje vive nos explorados da Tailândia.
É por isso que chamamos aos operários e camponeses pobres em luta a organizar-se num congresso nacional operário e camponês para coordenar as lutas por todas as reivindicações dos explorados. Para defender a este congresso, é necessário centralizar os combates e pôr em pé a milícia operária e camponesa para ganhar à base do exército e assim enfrentar à casta de oficiais do exército e à polícia assassina. Não se pode conseguir pão, terra nem trabalho digno com nossos melhores combatentes presos, com o exército nas ruas, com o toque de recolher e o estado de sitio. Abaixo o estado de sitio e o toque de recolher! Liberdade aos operários e camponeses presos por lutar contra este regime assassino!
Chamamos aos soldados rasos que se negam a reprimir aos trabalhadores e ao povo pobre e que lhe passaram armas às massas sublevadas, a que desconheçam a seus oficiais e passem ao lado dos oprimidos, formando comitês que enviem delegados a esse congresso de operários e camponeses pobres.
Chamamos às heróicas massas que incendiaram a bolsa do Bangkok, os edifícios estatais, combatido ao exército e que se levantaram contra o governo a tomar a solução destas demandas em suas próprias mãos e a não confiar em Thaksin nem em nenhuma outra fração da burguesia. Eles só querem negociar sua parte dos negócios da que foram excluídos, mas protegem suas propriedades a toda costa. Assim ficou demonstrado, já que quando a luta se endureceu e ante o temor de que a próxima propriedade que se incendeie ou se tome seja deles, esta fração da burguesia se rendeu e chamou a desmobilizar. A burguesia em seu conjunto, junto com a monarquia são os que amarram a nação ao imperialismo, permitem sua espoliação e fazem negócios com a exploração de sua classe operária entregando-a como mão de obra barata graças ao qual o imperialismo, ainda no meio da crise consegue enormes super lucros. Como lacaios do imperialismo são os que devem garantir que seja a classe operária e os explorados da Tailândia os que paguem pela crise do capitalismo. Abaixo a monarquia e seu regime totalitário, agentes do imperialismo no saque da nação oprimida! Abaixo o governo, a casta de oficiais assassinos, o estado e todas suas instituições ao serviço dos exploradores!
Para conquistar a independência nacional há que jogar ao imperialismo da região e para isso há que começar por romper com a burguesia e todos seus partidos e instituições. Já ficou demonstrado que nenhuma fração burguesa, ambas amarradas por milhares de laços ao imperialismo, pode conseguir essa independência. Por isso a fração “democrática” da Thaksin não pode nem sequer convocar a uma Assembléia Constituinte com um delegado cada 10 mil habitantes. Só o congresso de operários e camponeses pobres com suas milícias derrotando ao governo e à monarquia e tomando o poder pode garantir romper com o imperialismo, conquistar o pão para os operários e a terra para os camponeses, expropriando aos expropriadores, e convocar inclusive a uma Assembléia Constituinte livre e soberana sobre a base da ruína do regime de opróbrio da monarquia, servente do imperialismo.
Para expulsar ao imperialismo que saqueia as riquezas da nação e super explora à classe operária, o proletariado deve expropriar sem pagamento as fábricas, os bancos, as terras em mãos das multinacionais e pô-las a produzir sob controle operário ao serviço da imensa maioria do país, isto é, os explorados e os camponeses pobres. Assim, expropriando os latifúndios o proletariado pode dar-lhe a terra ao camponês; expropriando sem pagamento todos os bancos numa banca estatal única poderá dar-lhe ao camponês créditos baratos.

Nada disto poderá ser conseguido enquanto os burgueses submissos, lacaios, sócio menor e gerente a conta do imperialismo siga no governo… Por um governo operário e camponês que garanta trabalho para todos com um salário digo para os operários tailandeses e seus irmãos laosianos! Ao igual trabalho, igual salário! Por serviços de saúde e educação gratuitos para os operários e os camponeses e seus filhos, moradias dignas expropriando os palácios, os hotéis e shoppings de super luxo para fazer moradias, centros de recreação e hospitais para as massas! Todo mundo a trabalhar, basta de parasitas! Esse governo operário e camponês baseado nos organismos de autodeterminação e armamento das massas que leve adiante todas estas tarefas será um milhão de vezes mais democrático do que a mais democrática das repúblicas burguesas.

Para que a península da Indochina volte a ser a tumba do imperialismo, uma só revolução!

Os aliados da classe operária e os explorados tailandeses são os operários e explorados da Birmânia que se rebelaram em 2007 por suas mesmas demandas. Eles podem expropriar às transacionais e pôr o gás ao serviço dos explorados da Indochina. Seus aliados são os operários do Vietnã, Laos e Camboja super explorados pelo imperialismo, que têm suas mesmas necessidades de pão, trabalho e terra, e um inimigo em comum que enfrentar para conseguir-lhas, e que já têm experiência em revoluções e em expropriar aos expropriadores, vencendo-os em guerras nacionais. A possibilidade de um segundo embate revolucionário das massas da Tailândia, esta vez acaudilhado pelo proletariado, faz tremer a todos os exploradores da região. Ao imperialismo ianque se lhe gela a pele. A emergência da classe operária vietnamita em operações revolucionárias de classe não só lhe ferrará novamente na história uma fenomenal derrota aos açougueiros imperialistas ianques, senão também aos traidores da burocracia stalinista ho chi minhista, hoje devinda em nova burguesia escravista.
A luta pela revolução operária e socialista na Tailândia nada mais é do que um elo na corrente de revoluções que na península da Indochina terá em sua vanguarda às massas revolucionárias do Vietnã, às quais, a fins dos 80 e princípios dos 90, a burocracia stalinista lhes impôs um plano de reconciliação com os açougueiros ianques, que significou a transformação do Vietnã vitorioso, numa nova maquila do imperialismo.
O combate pela restauração da ditadura do proletariado no Vietnã, Laos e Camboja é imprescindível para expulsar a todas as potências imperialistas que saqueiam a península da Indochina e para que o embate revolucionário de massas que começou na Tailândia possa triunfar.
     
Em Tailândia, como em toda a península da Indochina, só a classe operária acaudilhando aos explorados da nação oprimida é a única classe nacional no sentido de que pode expropriar aos parasitas imperialistas e pôr toda a riqueza da nação ao serviço da mesma. Desde a FLTI chamamos a uma luta unificada da classe operária e os explorados da Indochina por expulsar ao imperialismo da região, expropriar as fábricas, as terras, os bancos, o gás e os recursos naturais para pôr toda a riqueza dessas nações ao serviço da classe que a produz.

O combate pela posta em pé imediata de uma milícia operária e camponesa não só prepararia e organizaria um segundo e decisivo embate revolucionário contra o regime infame da Tailândia, senão que seria um verdadeiro choque elétrico que impactaria sobre as massas vietnamitas, que são iguais de exploradas pelo imperialismo que as tailandesas e que derrotaram ao império ianque nos 70 numa guerra civil de libertação nacional, fazendo subir ao último marine ao último helicóptero fugindo do Saigon. Aí estão os que venceram à besta imperialista. Mas também aí se concentraram as forças da lacra stalinista, que, sustentada pelos renegados do trotskismo, entregou as conquistas dos estados operários à restauração capitalista. E desde Cuba, com sua política de coexistência pacífica com o imperialismo aplicada pela burocracia castrista, levou à classe operária norte americana, que na década dos 70 se mobilizava paralisando a maquinaria de guerra imperialista, aos pés de Carter, para depois trair os novos Vietnã de Nicarágua e o Salvador, com os pactos contra revolucionários de Esquipulas e Contadora.

Se se põe em marcha o movimento operário e camponês vietnamita, a não o duvidar que o armamento generalizado das massas e o combate contra o imperialismo retomaria um impulso decisivo não só na península Indochina, senão a nível mundial. Que se voltem a pôr em pé as milícias vietnamitas que esta vez não virão das massas camponesas senão do proletariado super explorado nas maquilas do imperialismo!

Abaixo os regimes de fome e ditatoriais da região

Abaixo a lacra stalinista-maoísta devinda em nova burguesia associada ao imperialismo japonês e ianque! Pela restauração da ditadura do proletariado em Camboja, Laos e Vietnã, esta vez sob formas revolucionárias!

Por um governo operário e camponês na Tailândia! Pela revolução socialista na Birmânia, na Malásia e na Cingapura!                                    

Por uma federação de repúblicas socialistas operário-camponesas da Indochina!

As massas famintas da Coréia do Norte se levantam contra a brutal carestia da vida imposta pela burocracia stalinista que as entrega à super exploração imperialista por um dólar ao mês.
Ao mesmo tempo, a classe operária chinesa se pôs de pé. A imprensa imperialista dá conta de 978.000 lutas operárias no último ano, somadas às 250.000 revoltas no campo. O mês passado, os operários da Funda paralisaram todas as fábricas que esta corporação japonesa tem instaladas na China, conseguindo um 24% de aumento. Aumento que também conseguiram os 800.000 operários da empresa eletrônica Foxconn, submetidos a uma super exploração que os leva ao suicídio ou a morrer extenuados junto às máquinas fazendo retroceder aos capitalistas e exploradores.
As transacionais que super exploram ao proletariado chinês e saqueiam a essa nação são as mesmas que exploram ao proletariado da Indochina. É o mesmo inimigo.
A classe operária dos países imperialistas, principalmente do Japão, tem a chave para golpear à besta imperialista e suas corporações desde adentro. As correntes que se reivindicam trotskistas e revolucionárias do Japão não podem seguir indiferentes e olhar para outro lado do heróico combate que começaram as massas operárias e camponesas dos povos que seu próprio imperialismo oprime como sócio do imperialismo ianque.
Insistimos, a classe operária japonesa, derrotando ao stalinismo, à socialdemocracia e a seus próprios partidos imperialistas terá a chave, para sacar do martírio e a escravatura à classe operária e os povos oprimidos do mundo, e avançar em conquistar a Federação de Repúblicas Socialistas da Ásia, Indochina, a península da Coréia e todo o Pacífico.
Que se levante a classe operária japonesa ao grito de “A igual trabalho, igual salário”! São as mesmas corporações as que os exploram a eles também. Se derrotam à classe operária da China e da Indochina, a patronal imperialista japonesa lhe imporá a sua própria classe operária as condições das maquiladoras que tem no mundo colonial e semi colonial. A classe operária japonesa deve unir sua sorte à dos explorados da China, Tailândia, Malásia, Laos e todo o Pacífico!

O terror do imperialismo, a classe operária asiática, põe-se de pé! Que comece a revolução no pacífico!

Toda a burguesia, inclusive a lacra stalinista devinda em nova classe possuidora escravista do Vietnã, Camboja, Laos e China, aterrorizam-se com a perspectiva de que as revoltas na Tailândia (como ontem na Birmânia) estendam-se a toda a península, e inclusive à China dos mandarins vermelhos, abrindo a revolução no Pacífico.
As burocracias restauracionistas devindas em burguesias, sócias do imperialismo, do Vietnã e da China sabem perfeitamente o que significam processos de ofensivas revolucionárias das massas sob condições objetivamente revolucionárias, como as que eles sofreram e que os obrigaram, sob a pressão revolucionária das massas, a chegar a onde eles nunca quiseram chegar: a expropriar à burguesia. Foram estas mesmas burocracias as que, esmagando às massas em contra revoluções como na Tiananmen, ou na guerra chinês-vietnamita de fins dos 70 –guerra que não teve outro objetivo que derrotar e desmoralizar, sob as ordens do pacto Nixon - Deng Xiao Ping, às massas vietnamitas que tinham derrotado ao imperialismo ianque no 75-, prepararam as condições para passar a ser agentes diretos do imperialismo mundial avançando na restauração capitalista.
A lacra stalinista com sua política de coexistência pacífica com o imperialismo impediu, tanto à saída da Segunda Guerra Mundial como depois da derrota ianque dos 70 no Vietnã, que todo o Pacífico e a península da Indochina em particular se converta numa federação de repúblicas operárias e socialistas da Indochina, da península da Coréia, China, Filipinas e toda a região, e que a mesma seja a tumba, como o fosse Vietnã, de todas as potências imperialistas.
A revolta de ontem na Birmânia e a luta revolucionária que começou das massas da Tailândia põe ao vermelho vivo a luta pela revolução socialista na península da Indochina, como assim também, e indissoluvelmente unido a este combate, a luta pela restauração da ditadura do proletariado sob formas revolucionárias no Laos, no Camboja, no Vietnã e na China, onde a restauração capitalista significou fome, repressão e massacre.

Na Ásia e todo o Pacífico maduram as condições para que o bolchevismo renasça de forma vigorosa. Sob essas condições, a continuidade da IV Internacional vive e viverá, e do martirizado proletariado asiático, surgirão, a não duvidar, os batalhões decisivos que porão sobre seus ombros o combate por re-fundar a IV Internacional com o programa, a teoria e as limpas bandeiras do ano 1938.

Não é porque as massas da Indochina não tenham lutado que não existe um partido revolucionário nessa região. As poderosas seções chinesas e vietnamitas da IV Internacional de 1938 foram destruídas fisicamente pelo termidor stalinista apoiado pelos renegados do trotskismo que desde a saída da Segunda Guerra Mundial se puseram a seus pés o sustentou e se submeteram à burocracia ho chi minhista hoje devinda em nova classe possuidora.

O que impede que as massas revolucionárias da Tailândia se façam do poder é a sobre abundancia de direções traidoras que hoje o imperialismo recrutou e centralizou num grau superior para garantir o redobrado ataque sobre a classe operária e as massas exploradas do mundo e fazer que elas paguem pelos custos da crise, submetendo-as a sua própria burguesia país por país tanto nos países imperialistas como nas colônias e semi colônias. São estas direções, hoje agrupadas na V Internacional contra revolucionária, as que encabeçadas por Chávez, Hu Jintao, e a burocracia restauracionista castrista e sustentadas por esquerda pelos renegados do trotskismo, puseram à classe operária norte-americana aos pés do Bush tisnado de Obama e à classe operária das colônias e as semi-colônias aos pés das burguesias “bolivarianas”, islâmicas, negras, e dos ex burocratas devindos em burgueses nos ex estados operários.

Para que a classe operária avance decisivamente em romper o isolamento e a subordinação à burguesia país por país, impostos por essas direções é necessário que volte a pôr-se em pé a IV Internacional com seu programa revolucionário de 1938. Há que preparar e organizar uma contra-ofensiva contra as maquilas imperialistas em todo o Pacífico, mas para isso, o marxismo revolucionário, sobre as ruínas do stalinismo deverá pôr em pé os partidos trotskistas internacionalistas sem os quais será impossível o triunfo.
Essa é a tarefa à qual estão volcadas as forças da FLTI, como um ponto de apoio para pôr em pé um Comitê pela re-fundação da IV Internacional para dotar à classe operária e as massas exploradas do mundo da direção que precisam e se merecem para triunfar.

A classe operária asiática se põe de pé! Que comece a revolução no pacífico!

Pela re-fundação do partido trotskista de Tha Thu Thau na Indochina e a seção da Quarta Internacional de Chen Duxiu na China!

A classe operária norte-americana deve romper com Obama e retomar o combate onde foram derrotados, em General Motors e Toyota, para saldar contas com o regime dos “republicratas” e levantar cabeça para expropriar aos parasitas banqueiros de Wall Street que levaram à ruína à classe operária desse país. A classe operária norte-americana deve unir sua sorte à de seus irmãos de classe das colônia se semi-colônias super explorados por sua própria burguesia imperialista:o inimigo está em casa.
Que se volte a pôr em pé a Marcha do milhão de operários contra a guerra e o movimento pelos direitos dos imigrantes!
Que os heróicos portuários de Oakland bloqueiem os portos para que não cheguem petrechos ao estado sionista-fascista de Israel massacrador do povo palestino, voltem a parar os portos contra as guerras do açougueiro Obama!

 
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