DECLARAÇÃO DO COMITÊ PELA LIBERDADE DO MOVIMENTO PALESTINO DA ÁFRICA DO SUL Em 16 de Junho de 2010 em uma reunião organizada pela WIVL (Liga Operária Internacionalista de Vanguarda, NdT) se formou uma nova organização de frente única chamada Campanha pela Liberdade do Movimento Palestino. Os participantes da reunião foram a WIVL, representantes da coligação Anti-Guerra, Campanha contra os desalojamentos de Parkfields Village, a juventude de Tafelsig e uma série de ativistas operários. Sob as atuais condições da luta de classes, quando há um ódio de massas contra os banqueiros imperialistas (a principal força que sustenta o atual bloqueio e genocídio levado adiante contra os palestinos), milhões de operários se levantaram, nem precisa falar da classe operária na Turquia depois do assassinato por parte dos fascistas de Israel a 19 ativistas desarmados no comboio de assistência a Gaza em 31 de maio de 2010. O fato de que as tropas israelenses soubessem quem estava no barco e em que cabines ficavam cada um reflete a cumplicidade do regime turco (um lacaio total do imperialismo) com os fascistas de Israel nos assassinatos. O bloqueio a Gaza ressalta a cumplicidade do imperialismo europeu, do regime egípcio bem como também do imperialismo norte-americano na tentativa de estrangular e achatar o milhão e meio de palestinos em Gaza. Foi a ameaça da revolução operária (que ainda pende sobre a cabeça do imperialismo) na Turquia, no Egito e no coração imperialista o que leva o imperialismo ordenar ao seu lacaio, o Israel fascista, a levantar parcialmente o bloqueio sobre Gaza. Todos sabem que se as condições mudam, o imperialismo fechará as fronteiras mais uma vez; só se permitem passar quantidades limitadas de materiais de construção, somente projetos aprovados pelo imperialismo receberão materiais de construção. Em outras palavras, o controle sobre os materiais de construção será usado pelo imperialismo para apoiar o seu fantoche Al Fatah, em outra tentativa para fazer que os palestinos se rendam de sua luta por uma Palestina livre. É muito provável que os materiais de construção só entrem a conta gotas em Gaza, enquanto a maioria dos edifícios se encontram desbastados e são um grande perigo para os crianças, idosos e doentes. Assim é que enquanto o imperialismo norte-americano ordenou a Israel que afrouxe parcialmente o bloqueio, é provável que isto seja uma mera miragem para distrair o ódio e as ações da classe operária. Para informar, os operários portuários da Noruega e da Suécia bloquearam as mercadorias israelenses durante 1-2 semanas e os portuários de Oakland atrasaram simbolicamente o desembarco de um navio israelense por um dia; os operários do Sindicato de Transporte Sul-Africanos –SATAWU- prometeram bloquear as mercadorias israelenses constantemente, mas ainda deve levar esta medida adiante; uma série de sindicatos estão falando de fazer ações simbólicas, refletindo que inclusive os burocratas sindicais estão sendo obrigados a fazer um pouco de ruído anti-israelense, temendo que sua pose pró-imperialista possa ser muito por demais severa para mostrar-se às massas. Atualmente os palestinos são mantidos em campos de concentração pelo imperialismo, com o Estado fascista de Israel e os lacaios dos regimes árabes como seus guardas cárceres (estes campos de concentração são Gaza, Cisjordânia, os campos de refugiados em Jordânia, Síria, Líbano, entre outros). Israel foi posto em pé em 1948 como um guarda fascista sobre as massas do Oriente Médio, capaz de atuar em qualquer momento para achatar rebeliões operárias da região. Foi posto em pé como um pacto com o imperialismo mundial e o stalinismo para achatar a revolução operária em todo o mundo no momento da segunda guerra mundial imperialista. Criou-se Alemanha do Leste e do Oeste, por exemplo, como meio de dividir à classe operária e impedir a revolução socialista na Alemanha. Israel foi posto em pé baseado na expulsão forçada de centos de milhares de palestinos. O muro de Berlim caiu em 1989. A Campanha pela Liberdade do Movimento Palestino procura centralmente mobilizar-se para atirar abaixo o “Muro de Berlim” palestino da fronteira de Rafah, estendendo-se ao muro dentro e arredor da Cisjordânia, a todos os pontos de controle de toda a fronteira de “Israel”, para que os milhões de refugiados palestinos possam voltar a seus lares. Devemos recordar que inclusive os Estados capitalistas da Turquia e da Síria –por acordo- não têm fronteira entre eles. Portanto chamamos para começar com a derrubada da fronteira de Rafah como tarefa imediata, que pode ser conseguida com uma campanha internacional para unir também às massas egípcias e palestinas. Fazemos um chamado a todas as organizações operárias a tomar este chamado da criação de brigadas internacionais para ir ao Egito e mobilizar e levar adiante esta tarefa histórica. Chamamos a que os voluntários ajudem à campanha desde alistar-se nas brigadas até ajudar com sua publicidade e arrecadação de fundos. Chamamos a campanhas nas estruturas para que se ponham em pé em cada fábrica, em cada local de trabalho da comunidade e em cada escola e universidade. Chamamos às estruturas da juventude a que ponham em pé ali também a campanha. |