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Abril , 2012
Declaração dos Combatentes Revolucionários das Milícias, o Comitê de Voluntários Operários Internacionalistas e o Movimento de Assembléias de base dos operários de Líbia
Saudação aos trabalhadores que lutam em o mundo
1° de Maio:
Por uma jornada de combate internacional da classe operária
De pé junto aos trabalhadores e os explorados de Síria martirizados pelo assassino a Al-Assad, a conta do imperialismo
Eles são os mártires de Chicago de hoje!
Viva a Greve Geral dos trabalhadores de EE.UU.!
Viva a Greve Geral revolucionária dos operários de Líbia e suas milícias de Misarrata!
Lutando pelo pão, pela saúde dos lisiados de guerra e contra a carestía da vida, derrocou ao CNT dessa cidade com o grito de guerra de “Fora os políticos e gerais khadafistas do CNT que seguem hambreando ao povo”!
Em este 1° de Maio desde as milícias revolucionárias de Líbia declaramos, junto à assembléia dos trabalhadores portuários de Trípoli, que nossa revolução longe de terminar com o derrocamiento de Khadafy, não tem feito mais que começar.
Pela primeira vez em 42 anos os operários portuários de Trípoli, junto aos metalúrgicos de Misarrata e marcando-lhe o caminho a todos os trabalhadores de Líbia, se pronunciaram e ganham as ruas lutando em as jornadas do 1° de Maio.
O chacal de Khadafy, que vociferaba um suposto “antiimperialismo”, com suas empresas chamadas “socialistas” nos explodia com seus amigos padrões e petroleiros, igual ou pior que em qualquer país de África se esclaviza a nossos irmãos de classe.
Enviamos esta declaração e esta carta desde Líbia, onde acaba de terminar em o dia de hoje, uma fenomenal greve revolucionária de três dias em Misarrata. Ali os operários e suas milícias derrotamos ao CNT dessa cidade. Incendiou-se e queimado o edifício dessa gruta de bandidos, dos políticos e gerais khadafistas que vieram a expropiar nossa revolução para que não conquistemos o pão e uma vida digna. É por isso pelo que lutamos e morremos dezenas de milhares de trabalhadores, todos milicianos, quando derrotamos a Khadafy, seguindo o caminho que nos marcaram nossos colegas de Tunísia, Egito e todo o Norte de África e Médio Oriente.
Em Misarrata teve três dias de fenomenal greve revolucionária. Todos os que nos caluniaram ante os trabalhadores e oprimidos do mundo, dizendo que os que combatemos a Khadafy éramos tropas da OTAN e do imperialismo”, hoje se vão ter que comer suas palavras. O 1° de Maio, em O Dia Internacional dos Trabalhadores é uma boa oportunidade para isso.
Hoje, a carestía da vida e o 200% que há de inflação, voltam insuportável que vivamos dignamente. Estamos igual ou pior a quando estava Khadafy.
As petroleras como a Eni italiana, a British Petroleum e outras tantas seguem saqueando por nossos portos nossa riqueza: o petróleo. Aí vai-se o alimento de nossos filhos, a moradia que não temos, os hospitais que nos faltam e as escolas que se caem a pedaços.
Como ontem o fazia Khadafy, todos os bandidos ex khadafistas do CNT, associados às multinacionais, se levam o dinheiro de Líbia, e com elas, acumulam em o exterior a fortuna de Khadafy. A cabeça de todos eles merece rodar como rodou a de Khadafy em Sirte.
É que nos insurgimos pelo pão e combatemos pela vida digna para nossas famílias. Hoje, quando essa situação está igual ou pior para nós, os operários libios temos uma vantagem que ainda não tem conquistado a classe operária mundial: em nome de todos eles estamos armados. Temos o kalashnikov em nossas fábricas e assim saímos à greve geral em Misarrata e lhes bombardeamos o local a esses usurpadores dos generais khadafistas do CNT. E agora eles dizem que querem negociar connosco. Agora se “lembram” de negociar, agora dizem “lembrar de nossos operários mutilados. É que agora a única linguagem que entendem é o do bombazo que lhes entrou pelo teto.
A revolução, que muitos davam por morta, vive. Mas ela vive porque ainda se resiste em Síria, os verdadeiros mártires de Chicago da classe operária mundial hoje.
Inteiramos-nos que os operários de EE.UU. também chamam a uma greve geral para este 1° de maio contra o 1% dos banqueiros chupasangre de Wall Street. Eles se chamam “indignados”. Nós também o estamos, e sofremos com dor o massacre a nossos irmãos de classe em Síria. Por isso em as ruas de Líbia, nossos combatentes pintam “Hoje em Líbia, amanhã Wall Street”.
Hoje lutamos em Líbia igual que em EE.UU. Mas todos temos uma obrigação: em os escombros de Homs há que sepultar à o-Assad que, a conta do sionismo e das potências dominantes, querem aplastar ao povo pobre e ao trabalhador faminto que se insurgiu e tem entrado ao combate em Síria.
Agora sim nós começamos a compreender o que é o 1° de Maio. Mas para isso tínhamos que nos sacar de em cima ao assassino e hambreador de Khadafy, como o fizeram nossos irmãos de Tunísia e Egito com Ben Alí, Mubarak e demais governos sanguinarios.
Que compreendemos? Que hoje é um dia de luta de todos os trabalhadores. Isso é o 1° de Maio. Segundo pudemos ler em muitas assembléias junto a milhares de operários de Líbia, é em honra ao que aconteceu em 1886 quando em EE.UU. masacraron aos operários que reclamavam pan, igual que hoje o fazemos nós. E é pelo pão que se morre e se combate em as ruas de Homs, Deraa, Damasco e toda Síria.
Nosso saúdo é às lutas de todos os trabalhadores do mundo que brigam como nós pela dignidade. Nós estamos com vocês. Mas se o 1° de Maio é um dia de luta, então levantemos-nos juntos e marchemos sobre as embaixadas de Síria, reduto dos assassinos da o Assad, porque ali estão os verdugos dos mártires de Chicago de hoje, e porque lutando junto a eles, conquistamos as melhores condições para atacar aos novos lacayos das potências dominantes que em Líbia hoje são o CNT e seu corte de amigos khadafistas.
Este é o primeiro 1° de Maio sem Khadafy: há assembléias em as fábricas com os operários conhecendo como brigaram nossos antepassados, fazendo greves gerais com nossas milícias para conquistar o pão e combatendo em as ruas de Homs em uma verdadeira “guerra santa” mas contra os opresores, seus generais, seus petroleras e todos os esclavistas.
Sabemos que em todo mundo terá reuniões, deliberaciones e, em alguns lugares, festas pelo 1° de Maio. Os trabalhadores não temos nada que festejar hoje. É o dia do desemprego, da greve, da luta, do combate em as ruas. Isso é o que estamos entendendo e aprendendo.
Em nossas cidades já temos heróis. Não somos nenhum de nós; são nossos irmãos libios e de todo Médio Oriente que têm ido a combater e têm morrido em as ruas de Deraa e Damasco, e os que ainda combatem ali.
Esse é nosso grito do 1° de Maio, mas esta também é nossa denúncia a todos aqueles que falam em nome dos trabalhadores e que em este 1° de Maio silenciam o massacre da o-Assad, e deixam isoladas às massas sírias. A eles os denunciamos porque estão levando ao isolamento e à derrota a suas próprias organizações dos trabalhadores. Atiram-lhe terra aos olhos da classe operária, como fazia Khadafy connosco que nos fazia achar que ele era nosso aliado e não os pobres do mundo. Ele sempre foi nosso inimigo; tínhamo-lo aqui. E a isso o começamos a aprender quando a juventude se inmolaba em Tunísia, se martirizaba em Egito e orava mas brigava em Iêmen. Assim aprendemos o que hoje afirmamos: viva a unidade e a luta dos trabalhadores do mundo!
Este é nosso saúdo aos que lutam. Desde as acerías e cementeras de Misarrata, e desde os portos de Bengasi e toda Líbia, levantamos a mesma demanda de jornadas de trabalho de 8 horas e salário digno para todos os operários. Aqui jamais temos tido essas conquistas. Mas pelo que agora sim sabemos, as conseguir é o objetivo de nossa revolução.
Para isso, o céu e o poder têm que ser para nós. Como têm dito em suas assembléias os humildes e sacrificados operários portuários de Trípoli, que foram os primeiros que saíram à rua e entregaram seus mortos em fevereiro do 2011, quando o assassino Khadafy e seus filhos os masacraron e aplastaron violentamente: “Hoje em Líbia precisamos outra revolução e se precisamos fazer dez revoluções as faremos. Ou vivemos bem ou morreremos lutando por isso”
Estamos aprendendo. Khadafy e seus amigos do mundo para nada nos ensinaram isto, já que era nos ensinar a lhe degolar a cabeça e ajusticiarlo como o fizemos em Sirte.
Nossos colegas portuários em suas assembléias também têm posto um grito de guerra, que estamos seguros que é o que sentem e sentem falta os operários que lutam em o mundo: “Saibam-no todos os gerentes, chefes e padrões, não descansaremos até conseguir nossas demandas; e se temos que fechar o porto impedindo a entrada e saída de mercadorias, o vamos fazer, e se temos que sair com nossos rifles a ajusticiar a todos os padrões também o vamos fazer. Não presentearemos o sangue de nossos mártires.”
E nós, junto com eles e desde sua assembléia afirmamos: não deixaremos sozinhos aos trabalhadores de Síria. Sua revolução é nossa revolução, a de Tunísia, Egito e todo o Magreb e Médio Oriente. Sabemos que muitos os deixaram sozinhos; nós não. Já nossos fuzis e munições se disparam em Síria. Como ontem contra Khadafy, hoje atiram contra A o-Assad.
Somos filhos de uma sozinha revolução que não terminará até que não conquistemos o pão, derrubemos o poder dos poderosos, e recuperemos o controle de nosso petróleo, expropiando sem pagamento e lhes cobrando nós indenização a todas as petroleras que saquearam nossos países, e de todas nossas riquezas para os povos oprimidos das mãos dos chupasangres, como se diz em Wall Street. Não teremos finalizado até que a bandeira Palestina flamee em Jerusalém e se acabe o sionismo e todos seus lacayos, como sonhamos todos nós, os povos árabes e do Magreb.
Em as ruas da Misarrata comovida pela greve geral, novamente tem saído, como ontem, a vanguardia da luta que ajusticiara a Khadafy. Hoje eles são os que iniciaram um primeiro passo em o derrocamiento do CNT e seus generais khadafistas em essa cidade.
Ali também os milicianos temos pintado em suas ruas: “Hoje Líbia, amanhã Wall Street”. Hoje a revolução segue vive em Líbia, resiste-se e se combate em Síria, e luta-se com a greve geral em Wall Street.
Nosso apelo à classe operária mundial é a pôr em pé brigadas internacionais de todas as organizações operárias para ir combater a Síria contra o assassino A o-Assad. Chamamo-los a insurgir contra os governos que sustentam a mão desse chacal de Síria que masacra a seu próprio povo. Chamamo-los a fazer colectas, a juntar medicamentos, e a enviar médicos e enfermeiras para que cheguem aos acampamentos de refugiados e aos heroicos combatentes das massas de Síria.
Eles vendem seus pertences, até suas casas, para comprar armas e munições para brigar. Assim combatem os explodidos para ganhar sua guerra contra os explotadores. Estes não entregam nem vendem suas fábricas, bancos nem empresas para ganhar a guerra. Então, não deixemos isolados nem por um minuto mais aos trabalhadores de Síria. Há que romper o cerco às massas de Síria e insurgir à classe operária mundial junto a ela!
Viva o 1° de Maio!
Combatentes Revolucionários das Milícias de Líbia
Comitê de Voluntários Operários Internacionalistas
Movimento de Assembléias de base dos operários de Líbia
Adere: Fração Leninista Trotskista Internacional, integrada por:
Workers International League, de Zimbabwe
Liga Trotskista Internacional, de Bolívia
Partido Operário Internacionalista – Quarta Internacional, de Chile
Grupo Socialista Revolucionário Trotskista Leninista, “Os Comuneros”, de Colômbia
Comitê pela Refundación da IV Internacional, de San Pablo, Brasil
Liga Trotskista Internacional, de Peru
Núcleo Operário Revolucionário, de Peru
Liga Operária Internacionalista – Quarta Internacional, de Argentina |