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Buenos Aires, 30 de Julho de 2010.

À 48º Assembléia Internacional Anti guerra no Japão
Ao Comitê Executivo para a 48º Assembléia Internacional Anti guerra no Japão
Aos combativos estudantes Zengakuren
Ao Comitê Anti guerra da Juventude
Ao JRCL (RMF)

Estimados camaradas

Faz um ano desde a FLTI nos fazíamos presentes em pessoa com um delegado de nossa Fração Internacional na 47º Assembléia Internacional Anti guerra.
A calidez e solidariedade revolucionária com a que fomos recebidos por vocês sentaram as bases para uma luta em comum de nossas forças, levantando juntos acima dos oceanos, como o fizemos, a luta junto aos mineiros peruanos atacados pelo regime assassino de Alan Garcia e Fujimori; de pé junto às massas palestinas massacradas por Obama e o Estado sionista contra revolucionário. O Estado de Israel, gendarme do imperialismo no Oriente Médio transformou Gaza num campo de concentração cercado pela fome e pelos muros do opróbrio, nos quais colocaram como escravos em sua própria terra às massas palestinas.
                          
Faz um ano a classe operária norte americana tentava dar uma resposta às demissões na Toyota, na Volkswagen, ainda estava vivo o movimento contra a guerra impulsionado desde os portuários da costa oeste; enquanto na Grécia, a classe operária se levantava em combate contra o odiado governo de Karamanlis.
No Madagáscar, no continente africano, operários e camponeses se armavam para conquistar o pão, enquanto na Guadalupe tremiam os açougueiros da V República francesa ante uma greve insurrecional das massas de suas colônias.
O comando ianque põe em pé um novo Estado maior sob o comando de Obama, o seguidor da política criminosa e genocida de Bush.
O último ano desde que nos reunimos pessoalmente na anterior assembléia Anti guerra, podemos afirmar que as massas não fizeram mais que brigar e tentar mil e uma vez iniciar uma contra-ofensiva frente a um capitalismo em bancarrota, que apenas procura de forma cruel jogar-lhe sua crise aos explorados e aos povos oprimidos do mundo.
Neste ano que passou, pudemos viver em carne própria o apotegma do marxismo de que: Para que a classe operária viva, o imperialismo deve morrer! Este ainda não foi derrotado pelo proletariado e sobrevive mandando a civilização à barbárie e redobrando a super exploração contra a classe operária mundial.

Mil e um combates protagonizaram a classe operária e os povos oprimidos do mundo. Não foi a inteligência nem a fortaleza de um sistema putrefato o que salvou o capital financeiro em crise.
Nesta época imperialista o capitalismo sobrevive apenas comprando um setor de sua classe inimiga. Um rejunte de direções traidoras foram centralizadas para cercar e estrangular os processos revolucionários e para impedir que numa contra-ofensiva o proletariado avance à única solução a suas penúrias, que não é outra que a tomada do poder e a conquista da ditadura do proletariado sobre as ruínas do regime burguês.
Digamos a verdade. A classe operária não se fez do poder por tração de sua direção e hoje são as massas as que pagam com demissões, desocupações, massacres, aumentos infernais dos ritmos de produção, saques e guerras contra revolucionárias para a sobrevida deste sistema putrefato.

Chegou a hora de falar claro frente à classe operária internacional: hoje Madagáscar e sua heróica revolução foi cercada pelo Fórum Social Mundial na África, sustentado por stalinistas e renegados do trotskismo, que chamaram aos explorados escravizados desse continente a apoiar, cada um respectivamente, a sua burguesia nativa. Rompeu-se a unidade da classe operária do continente para que milhões de párias, operários de cor, sejam super explorados nas minas e nas plantações do imperialismo em suas próprias terras; enquanto são escravizados com duplas correntes nas potências imperialistas européias, onde depois de ser usados no ciclo de expansão anterior à crise econômica mundial, para realizar os piores trabalhos, agora são lançados como cachorros ao Mediterrâneo.
O mesmo sucede com milhares de imigrantes latino americanos que são expulsos dos EUA, abarrotados nas cárceres de Obama, enquanto com métodos fascistas se levanta um muro entre EUA e México para separar o império do “quintal” que oprime e explora à décadas. É um sistema capitalista putrefato, cujos países “mais avançados” não podem dar-lhes nem sequer uma cama num hospital ou um banco numa escola aos operários e seus filhos que trazem para explorar em sua própria nação. Até ali chegou a podridão deste sistema, sua decomposição, que não é outra que a tardança do triunfo da revolução socialista internacional.
No Leste Europeu, os povos do Glacis foram submetidos aos planos de submissão, espoliação e saque por parte do FMI, enquanto a classe operária russa e das ex repúblicas soviéticas sofreram todo o peso da crise com massacres como na Chechênia e ataques a nível de vida. Isto é assim, porque a burocracia stalinista ontem entregava os ex Estados operários e porque hoje a burocracia sindical e os partidos social imperialistas da Europa desorganizaram a ofensiva das tomadas de fábricas da classe operária francesa, dividiram a luta dos operários da Renault da Rumania que chamavam os seus irmãos de classe na França a lutar por “iguais condições de trabalho, igual salário”; levantaram nas organizações operárias da Inglaterra o grito contra revolucionário de “Trabalho inglês para os ingleses”. No EUA, a AFL-CIO traiu a luta dos operários da Toyota. E com organizações como Conlutas e o ELAC, dirigidas pelos renegados do trotskismo no continente americano, estrangularam a ala esquerda da classe operária que se levantava contra a guerra no EUA, que acordava em revoluções como na Bolívia e na Argentina, e que almejava derrotar os golpistas de Honduras. Ali submeteram à classe operária ao “frente democrático” das burguesias bolivarianas, para que hoje a bandeira dos golpistas contra revolucionários impulsionados desde a base ianque flameje nas profundezas onde jazem as tumbas dos operários e camponeses que ousaram levantar-se contra essa ação contra revolucionária, e que foram entregados como carne de cânon da negociação entre as diferentes frações burguesas.

Cercos contra revolucionários se impuseram contra as massas revolucionárias palestinas, onde se bombardeou e saqueou convertendo à nação Palestina num gueto pior do que da Varsóvia na segunda guerra mundial. Gaza ficou devastada pelos golpes contra revolucionários do sionismo; enquanto desde Egito, França, Itália e Turquia (um imperialismo agora revestido de “muçulmano” e “democrático”, mas não menos assassino de operários do que os ianques) exigem-lhes às massas palestinas que se rendam sob a ameaça de maiores ataques contra revolucionários, e as querem obrigar em negociações espúrias a que reconheçam o Estado sionista de Israel, usurpador da nação palestina.
Este é o papel do Fórum Social Mundial na África: dividir o proletariado mundial e atuar como anestesia para que depois o bisturi do capitalismo rasgue as massas.
Esse foi o papel das direções contra revolucionárias que se juntaram com Conlutas e o CONCLAT em Santos, Brasil: cercar os processos revolucionários, romper a unidade internacional da classe operária em seu combate, centralizar as forças do reformismo e dividir as do proletariado mundial.

Hoje, depois de um ano devemos afirmar que é necessário sacar a amarga conclusão que estas direções cercaram à Grécia revolucionária que com 8 greves gerais combate isolada e cercada pelos partidos social imperialistas e burocracias sindicais, que sustentam a “unidade européia” e a essa gruta de bandidos e saqueadores imperialistas que é Maastricht. Estes vigaristas do proletariado mundial, sustentados pelos renegados do trotskismo, anunciam pomposamente uma “greve européia para fins de setembro”, deixando que a classe operária européia antes dessa data seja derrotada país por país, sindicato por sindicato e luta por luta.

Companheiros da 48º Assembléia Internacional Anti guerra, chegou a hora de enfrentar esta guerra contra revolucionária de classes que declarou o imperialismo e as burguesias nacionais: uma guerra aberta, descarnada e cruel contra a classe operária mundial. Uma monumental guerra do capital financeiro contra as massas que tem milhões de mortos de fome, de escravos coloniais, de operários suicidando-se como na China na fábrica Foxconn por não resistir mais as condições de trabalho, vivendo atados às máquinas para produzir. Uma guerra contra revolucionária com 43 milhões de operários sem teto, vivendo com 3 dólares por  dia de subsídio nos EUA; ou com centenas de milhares de demissões e novos ataques contra todas as conquistas como sucede com a classe operária  européia e japonesa; e com os massacres na África, ou as protagonizadas pelas tropas contra revolucionárias de Putin e seu genocídio na Chechênia. Uma guerra aberta contra revolucionária, com massacres como no Iraque, no Afeganistão e na Palestina, com milhares de presos políticos (que são verdadeiros reféns dos exploradores) nas garras das classes inimigas.
Chegou a hora de declarar-lhe a guerra dos explorados contra os exploradores, de preparar uma enorme contra-ofensiva para pôr o pé no peito dos capitalistas. Chegou o momento da unidade internacional das forças revolucionárias e internacionalistas da classe operária para centralizar nossas forças e dispersar as forças do reformismo e dos serventes pagamentos do capital que só se dedicam a desorganizar e dividir as filas da classe operária mundial e seus combates.
Volta-se urgente pôr em pé um pólo de organizações operárias revolucionárias do mundo para preparar e organizar uma contra-ofensiva de massas, que ponha à ordem do dia a luta pela tomada do poder pela classe operária e o derrubamento dos Estados e regimes burgueses de todo o planeta.

Camaradas, dia a dia a heróica resistência afegã manda aos EUA dezenas e dezenas de marines em sacos negros como no Vietnã. As forças de ocupação se encontraram já cercadas no Kabul, a decomposição do regime do protetorado e do governo de Karzai já se manifesta. Uma enorme guerra civil de classes enfrenta o exército invasor.
No Iraque, aplicaram derrotas à resistência com o imperialismo turco massacrando pelo norte e Al Sadr e as burguesias muçulmanas entrando ao governo do protetorado ianque e entregando a luta das massas xiitas, com o apoio dos sínicos aiatolás iranianos massacradores da classe operária de seu país. Hoje é no Afeganistão onde serão vingados os heróicos combatentes de Fallujah e as heróicas massas massacradas e escravizadas na Palestina.
Também para impedir que a guerra nacional afegã e a heróica resistência palestina cheguem às metrópoles e ao coração da besta imperialista ianque é que se reagruparam as forças reformistas organizadas no Fórum Social Mundial na África, impedindo que se sincronize a luta da classe operária internacional.
Agora se pôs em pé o Fórum Social Mundial no EUA com o lema “Socialismo 2010”. Sob a batuta do SWP inglês e sua corrente ISO nos EUA, reagruparam suas forças os mesmos dirigentes que chamaram a votar abertamente pelo assassino Obama e foram parte das fileiras do Partido Democrata imperialista dos EUA.
Esta gente tem a cara de pau, como serventes que são do HSBC, do Citibank, da rainha da Inglaterra e do açougueiro Obama, de falar agora em nome do socialismo.
Há que desmascarar aos que falando em nome do socialismo têm todas as suas forças postas em salvar o capitalismo, desorganizando os embates revolucionários das massas do mundo!

De pé, fechemos os punhos, por nossa honra de operários revolucionários internacionalistas: QUE TRIUNFE A GUERRA NACIONAL NO AFEGANISTÃO! PELA DERROTA MILITAR DO IMPERIALISMO IANQUE E DAS TROPAS DA OTAN! POR UM NOVO VIETNÃ! Fora as direções colaboracionistas e servis do açougueiro Obama no EUA! Que se ponha de pé a marcha do milhão de operários contra a guerra! Que se expulsem das organizações operárias os serventes do partido dos “Republicratas”, como são os renegados do trotskismo que abertamente desorganizaram as filas da classe operária para sustentar o governo de Obama, o novo assassino e carcereiro do Guantánamo, dos cárceres da CIA, e o maior chefe de operações contra revolucionárias no mundo!
Hoje a resistência deve atalonarse e, pese a tantas traições e tiros pelas costas ao proletariado mundial, fez isso. Resiste-se no Afeganistão e passa ali à ofensiva. Palestina não se rende. Fortemente a classe operária grega mantém vivo o fogo que pode incendiar Paris; e os operários chineses demonstraram, como em Tonghua e Lingzou, degolando os exploradores que querem despedir os operários, como se enfrenta o ataque dos capitalistas.

Camaradas, há que centralizar a resistência. Há que preparar a contra-ofensiva. Há que dizer à classe operária a verdade: que são eles ou nós, os explorados ou os exploradores; que se acabou a época das lutas nacionais; que direções centralizadas pelo capital financeiro procuram derrotar-nos através de país por país. Chegou a hora de levantar o encaminhamento da unidade da classe operária  mundial, expurgando de suas filas a todas as direções colaboracionistas dos exploradores, que desfazem a cada passo o que as massas constroem em sua luta.

Nesta 48º Assembléia Internacional Anti guerra, fazemos-lhes duas propostas para lutar juntos:

Como primeiro encaminhamento: impulsionemos juntos uma campanha internacional para, com uma política da classe operária mundial, realmente derrotar o cerco contra as massas palestinas, chamando a todas as organizações Operárias a pôr em pé brigadas Operárias internacionais para ir combater na Gaza cercada e massacrada, e junto à classe operária  do Egito demolir o muro da vergonha de Rafah. Assim ficará demonstrado ante o proletariado mundial que não é da mão dos imperialismos assassinos como o turco, invasor do Iraque e sócio dos ianques, nem com seus serventes das burguesias nativas como a do Egito que vai romper o bloqueio e isolamento das massas palestinas.
Na África martirizada pelo imperialismo se puseram em pé os Comitês pela Liberdade do Movimento Palestino. Com a WIVL (Workers International Vanguard League) da África do Sul à cabeça, a FLTI tomou em suas mãos o chamado destes Comitês a pôr em pé brigadas internacionais das organizações operárias do mundo para derrubar o muro do opróbrio de Rafah que cerca e garante o massacre contra o povo palestino. Impulsionemos juntos este chamado em todas as organizações Operárias do Japão e todo o Extremo Oriente! Brigadas internacionais para derrubar o muro do opróbrio! Pela destruição do Estado sionista fascista de Israel!

Vocês camaradas, têm uma grande obrigação internacionalista. Japão acompanha o EUA em suas aventuras militares, não só em Iraque senão fundamentalmente em Afeganistão.
Faz tão só 3 meses que os operários revolucionários de Quirguistão deram um passo decisivo armando-se, derrotando o governo odiado de Bakiev e desmantelando o Estado. Eles demonstraram como se para a guerra. Nesse país está a base ianque desde onde se dirigem os comandos e o ataque contra Afeganistão.
Por isso, nosso segundo encaminhamento é lutar para romper o cerco que se impôs à grande revolução de Quirguistão, e demolir as bases ianques e seu comando asiático desde onde se ataca Afeganistão, porque desde ali as massas poderão ser a vanguarda decisiva do triunfo militar dos explorados afegãos. Há que sublevar a classe operária européia, asiática e mundial contra os pogroms que, organizados desde a base ianque e o assentamento das tropas contra revolucionárias de Moscú em Quirguistão, querem massacrar o coração da revolução desse país. Quirguistão volta a propor e a pôr à ordem do dia a luta pela restauração da ditadura do proletariado sob formas revolucionárias, ali onde a marca stalinista os entregou à economia mundial capitalista.

Camaradas, comprometamo-nos a lutar juntos para romper o cerco que tenderam às massas gregas. A tragédia das 8 greves gerais e as massas com piores padecimentos, põem ao vermelho vivo que se não triunfa a revolução operária e se não destrói o Estado burguês, não há solução para defender e manter nenhuma das conquistas da classe Operária internacional.
Com seu cretinismo sindicalista, os anarquistas, stalinistas e renegados do trotskismo, depois de sustentar a Papandreu seguidor da política anti operária de Karamanlis, hoje se seguem negando a pôr em pé, depois das 8 greves gerais, os conselhos de operário de soldados. Negam-se a preparar à classe operária grega para destruir o Estado burguês e fazer-se do poder.
Pôs-se em pé, centralizada e disciplinada pelo capital financeiro internacional, a assim chamada “Quinta Internacional”, não menos contra revolucionária do que a internacional de Stalin ou a de Kautzky no século XX, integrada por Chávez e as burguesias bolivarianas. Nela tem um lugar de honra o assassino contra revolucionário e escravista de seu próprio povo Hu Jintao junto com os mandarins vermelhos chineses. Esta internacional contra revolucionária se nutre com os desfeitos do stalinismo e com a burocracia restauracionista castrista, que avançou a passos gigantescos a entregar a conquista da revolução cubana ao capitalismo mundial, depois de trair a revolução latino americana e o acordar da classe operária dos EUA. A seu lado, os renegados do trotskismo legitimam o pérfido acionar destas forças contra revolucionárias e se preparam para desmoralizar e derrotar a ala esquerda do proletariado internacional, como já o vem fazendo.
Estas forças se centralizaram na Europa, na África e na América. Hoje se preparam para em novembro organizar suas forças e centralizar-se no Japão. Eles sabem que o proletariado chinês entrou em manobras de combate. São conscientes que não somente se alistam os canhões na península da Coréia, senão que ademais as massas da Coréia do norte já iniciaram revoltas contra o saque de seu salário e a fome generalizada ameaçam com o unir-se aos explorados da China, questão que abriria um vulcão incontrolável nessa grande maquiladora em que devieram os países e as nações oprimidas do Extremo Oriente. O encaminhamento aprovado no último congresso da Conlutas de marchar a um grupamento impulsionado por Chukaku-ha no Japão em novembro indica que já as massas chinesas, coreanas, e do Pacífico entraram em combate, e que o imperialismo precisa de seus serventes e de seus agentes para desde Japão conter todo processo revolucionário na Ásia.

Camaradas, faz mais de dois meses se sublevavam as massas da Tailândia. O imperialismo japonês, de forma silenciosa, junto ao imperialismo ianque, lotam de maquiladoras a península da Indochina como o fez ontem na China e na Coréia do Sul. Hoje o imperialismo nipón lhe quer fazer crer a sua classe operária, para que suporte a crise, que o império japonês está em bancarrota. Mentira! Eles amassam enormes fortunas com suas corporações e capital financeiro junto aos ianques, com suas multinacionais na Ásia, na China, na Indochina, rapinando o petróleo iraquiano e saqueando a América Latina e a África.
O choque de classes que chegam ao Extremo Oriente mostrará na história que os combates da Grécia, Palestina, Afeganistão não foram mais que as primeiras batalhas de uma guerra de classes internacional.
É por isso, voltamos a insistir, que se prepara para novembro um congresso no Japão, que foi votado na reunião do Brasil, na “Contracumbre” do Madri e também o votaram no Fórum Social Mundial nos EUA os serventes de Obama. Justamente para pôr em pé as forças contra revolucionárias para deter a investida revolucionária com que ameaça o proletariado da Ásia desde os combates, a resistência e as revoltas de Tailândia, Birmania, Coréia e a China martirizada.
Chukaku-ha é a “nova estrela” que utilizam como mascaro de proa, para desorganizar o proletariado japonês e asiático. Vocês denunciam em sua carta a Conlutas como estes serventes do Estado imperialista japonês tentaram a cada passo desorganizar as filas do proletariado em seu país. Mas chegou a hora de compreendamos que isto é o que estão fazendo e fizeram as direções reformistas a todo o proletariado mundial. O planeta se encheu de “Chukaku-has” para desorganizar e atirar-lhe tiros pelas costas no melhor do proletariado mundial. A crise de direção revolucionária do proletariado mundial não deixa de agravar-se. O planeta tem super população de direções contra revolucionárias, que o capitalismo em crise precisa para salvar seus lucros e defender-se da revolução proletária. Hoje tem mais atualidade que nunca o Programa de Transição da Quarta Internacional quando afirma: “As charlatanearias de toda espécie segundo as quais as condições históricas não estariam ainda “maduras” para o socialismo não são senão o produto da ignorância ou de um engano consciente. As condições objetivas da revolução proletária não só estão maduras senão que começaram a se descompor. Sem revolução social num próximo período histórico, a civilização humana está sob ameaça de ser arrasada por uma catástrofe. Tudo depende do proletariado, isto é, de sua vanguarda revolucionária. A crise histórica da humanidade se reduz à direção revolucionária.”
Chegou a hora de romper o isolamento das forças revolucionárias do planeta. É hora de brigar juntos, com um programa que chame o proletariado a combater pela tomada do poder e que realize um apelo audaz para reagrupar as filas da classe Operária num Congresso Internacional. Porque, sobretudo, é tempo de juntos dar golpes decisivos que permitam um salto para adiante na subjetividade do proletariado mundial. Vocês e nós, e todas as organizações que se reivindicam da luta pela revolução socialista, temos o dever de fazê-lo.

Contra o chamado à reunião internacional no Japão de Chukaku-Hà e os renegados do trotskismo organizados no CONCLAT, na “Contracumbre” do Madri e a reunião do “Socialismo 2010” do EUA dirigido por militantes da esquerda do partido contra revolucionário dos açougueiros democratas ianques, isto é, ao chamado a reagrupar-se internacionalmente do Fórum Social Mundial e do V Internacional, há que lhe opor um chamado imediato para que em novembro no Japão, se reúna um Congresso de todas as organizações operárias revolucionárias do mundo, para que no centro da cena mundial voltem a pesar e vibrar os combates revolucionários: Basta de tanta traição! Uma só classe mundial, uma só luta! Rompamos o cerco das massas palestinas! Brigadas Operárias para derrubar o muro que cerca às massas palestinas e reabrir o caminho da revolução socialista que destrua o Estado sionista fascista de Israel! Que volte a marcha do milhão de operários nos EUA! Que surjam os sovietes e o armamento das massas para que o fogo da Grécia incendeie Paris! Que volte a revolução operária e camponesa na Bolívia e América Latina! Que se levantem junto às massas do Madagáscar os operários e camponeses da África martirizada, seguindo o exemplo do movimento 1° de Março que organizou a greve geral continental dos trabalhadores imigrantes na Europa! Que se volte a pôr em pé a classe operária do Vietnã, hoje submetida aos piores padecimentos e escravatura nas maquiladoras do mesmo imperialismo que foi derrotado militarmente na década de 70 e que tinham fugido como um rato, pendurado nos helicópteros, enquanto se sublevava a classe operária norte americana! Que Afeganistão se transforme num novo Vietnã!

Camaradas:
O mercado mundial diminui. Maastricht já é um sonho do passado e as disputas das diferentes potências imperialistas pelo botim, que diminuiu, se acrescentaram cada vez mais. Como o demonstra a crise Grega ou como a da Espanha e da Itália, sobram potências imperialistas no planeta. Não é a hora do surgimento de novas potências imperialistas. Isso é dar-lhe uma bendição de “progressivo” a um sistema decadente na história. Se a revolução proletária não o impede, se abrirá o caminho à guerra inter-imperialista, porque potências imperialistas pedirão suas zonas de influência e se voltarão mais agressivas, arrastando à civilização a uma nova carniçaria mundial.
Como vemos, o capital financeiro de Wall Street não consegue ainda recuperar os dividendos e benefícios que se gastou o capitalismo mundial a conta do que não se produziu ainda.
A tendência contra-restaste e o ciclo de expansão chinês não poderá recompor a taxa de lucro do capitalismo em bancarrota, e muito menos de recuperar os 90 bilhões de dólares do que se gastou o parasitismo deste sistema infame. Se o mercado mundial diminui e a revolução proletária não triunfa, como diria a IV Internacional em 1940 no Manifesto sobre a Guerra, os abutres se disputaram a picotados limpos os desfeitos da produção capitalista, o que significará o caminho à guerra, que começará onde e como terminou a segunda guerra inter imperialista.
Só derrotando a atual ofensiva contra revolucionária das classes dominantes com a revolução socialista mundial se pode fechar o caminho à guerra. A guerra barra-se unindo as filas da classe operária internacional. A guerra barra-se derrotando às direções que submetem ao proletariado à burguesia, a seus cantos de sereia, que só tentam apagar o fogo da luta das massas do mundo.

Golpeemos juntos!
Rompamos o isolamento à classe operária mundial!
Congresso internacional das organizações operárias revolucionárias em Tokio em novembro para enfrentar e apresentar-lhe a batalha ao congresso dos serventes de Obama, dos desfeitos do stalinismo, sustentados todos pelos renegados do trotskismo!
No congresso da Conlutas no Brasil junto com a Intersindical (CONCLAT), faz menos de dois meses, os fabris de La Paz propuseram o encaminhamento de enfrentar à demagogia das burguesias nacionais. Seu encaminhamento foi recusado por centenas de organizações que dizem falar em nome do socialismo revolucionário.
No encaminhamento dos operários fabris de La Paz, no combate internacional pela causa palestina, nos combates revolucionários do Quirguistão, nas greves gerais da Grécia e nas aguerridas lutas da classe operária européia, e no proletariado chinês e asiático que se põe em marcha estão às forças para convocar a este congresso internacional já.

Vocês denunciam corretamente, numa carta enviada a Conlutas, como o proletariado japonês foi atacado pelas costas em dezenas de oportunidades, como é o caso de Chukaku-ha, questão que pela primeira vez se conhece no proletariado do ocidente.
A classe Operária mundial deve saber que nesses congressos dos serventes de Obama no EUA, nos congressos que como em Madri cercam a revolução grega e européia, ou os que como em Brasil submetem à classe Operária americana às burguesias nativas, apresentam-se como amigos da classe Operária mundial os que lhe dispararam pelas costas ao proletariado japonês dezenas e centenas de vezes.
Chegou a hora de desmascarar tanta infâmia, mentira e omissão da verdade ante os olhos do proletariado internacional. A classe operária chinesa, da Indochina, da África e da Europa precisa saber a verdade. Como falaria Lenine, é necessária luz, luz mais luz, para que os operários do mundo possam distinguir quem são seus aliados e quem são seus inimigos.
Vocês têm em suas mãos a possibilidade de clarificar isto ante o proletariado asiático e internacional. Por isso queremos fazer-lhe uma última proposta antes de saudar aos presentes nesta assembléia e levantar o punho junto a vocês como o fizemos durante anos.
Há que pôr em pé um Comitê operário Internacional que pesquise e diga toda a verdade sobre os crimes cometidos contra os melhores elementos da vanguarda Operária japonesa desde os da década de 70 até hoje. Eles foram assassinados por uma verdadeira quinta coluna que massacra pelas costas à classe operária. Assim atuou o stalinismo durante a guerra civil espanhola atirando pelas costas contra os melhores combatentes do proletariado.
Camaradas, chegou a hora de que os crimes cometidos contra a classe operária japonesa sejam conhecidos pela classe operária internacional. Convoquem vocês a um Comitê Operário Internacional que pesquise, julgue e condene os serventes das corporações japonesas. A classe Operária internacional precisa saber quem são seus aliados e quem são seus inimigos. Isto exige o combate que está por diante. Em sua carta, vocês denunciam com dados e provas o nefasto papel de Chukaku-Hà e a utilização dessa corrente por parte do Estado assassino japonês. As provas que vocês apresentam devem pôr-se a disposição de um Comitê de Organizações Operárias Revolucionárias do mundo para que procure a verdade e toda a verdade. Assim se fará justiça pelos mártires do proletariado japonês.

Camaradas, levantemos o punho. A luta nacional isolada pode levar a que fracassem todas as ofensivas que protagonizamos em cada país. Nenhuma classe Operária se salvará a sí mesma no terreno nacional. O proletariado não tem fronteiras, só correntes por romper.
Proletários do mundo uni-vos!
Tal como propõe o Programa de Transição da Quarta Internacional: “A Quarta Internacional goza já desde agora do justo ódio dos stalinistas, dos socialdemocratas, dos liberais burgueses e dos fascistas. Não tem e nem pode ter lugar algum em nenhuma frente popular. Combate irredutivelmente a todos os grupos políticos unidos à burguesia. Sua missão consiste em aniquilar a dominação do capital. Seu objetivo é o socialismo. Seu método, a revolução proletária.”
Desde a FLTI afirmamos que se esta não triunfa o fascismo, a contra revolução e a guerra levaram o proletariado e a humanidade à barbárie. A última palavra não está dita na história. O proletariado ainda não despregou toda sua potencialidade. Milhões de explorados se incorporam ao combate. Os operários chineses, norte coreanos e tailandeses, que começaram a brigar, anunciam que o proletariado do Pacífico está próximo a ingressar em manobras revolucionárias. A vanguarda proletária japonesa deve unir sua sorte à sorte do proletariado asiático, onde seu imperialismo cometeu e comete os piores crimes.
Tudo depende então da celeridade com a que a vanguarda revolucionária consiga reagrupar suas forças. A luta pela revolução socialista se pôs à ordem do dia. Essas são as bandeiras que devemos levantar juntos!

Operários revolucionários do Japão enviamos-lhes nossos mais calorosas saudações internacionalistas
Viva a combativa e revolucionária juventude agrupada nos Zengakuren!
Golpeemos juntos à besta imperialista e às direções traidoras que a sustentam!

Carlos Munzer, Laura Sánchez e Aníbal Vera
Pelo Secretariado de Coordenação Internacional da Fração Leninista Trotskista Internacional
Integrada por:

Liga Trotskista Internacionalista (LTI), da Bolívia
Liga Operária Internacional de Vanguarda (WIVL), da África do Sul
Liga Revolucionária Internacional-CI (IRL-FI), do Zimbábue
Liga Operária Internacionalista-CI - Democracia Operária, da Argentina
Liga Trotskista Internacionalista (LTI), do Peru
Partido Operário Internacionalista-CI (POI-CI), do Chile
Fração Trotskista - Vanguarda Proletária (FT-VP), do Brasil

 
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