Sobre aprovação da lei de “Casal igualitário” O dia 15/7 se aprovou no Senado a lei de “Casal igualitário” entre pessoas do mesmo sexo. Os trotskistas não somos neutrais no combate pelas demandas democráticas dos explorados. Defendemos a más mínima das demandas, mas com o método da revolução proletária, sem chamar a pressionar a instituição burguesa nenhuma para que estas as realizem. Polemizamos aqui com o veneno da política de colaboração de classes espalhado pelo conjunto das organizações da esquerda reformista. UMA VEZ MAIS TROTSKISMO VERSUS STALINISMO Os renegados do trotskismo com sua “teoria” da revolução por etapas aos pés da burguesia O PO em seu artículo titulado “O significado duma vitória” propõe: “Estamos sob uma forte preção externa, disse Rodríguez Saa (…) O Senado deliberou sob essa preção” (…) “A aprovação do casal igualitário é uma inquestionável vitória dos direitos democráticos, contra o clero e contra a reação política”. “A vitória do casal homossexual é um acicate para a conquista de todos os reclamos democráticos e sociais irresoluto, desde o direito ao aborto até a conquista do 82% móvel.” (Prensa Obrera, N°1137 15/7/2010) Os renegados do trotskismo, a pata esquerda do regime da arqui - reacionária constituição de 1853/1994. Com esta pequena concessão do “Casal igualitário”, o parlamento burguês “outorga” uma demanda democrática a um setor minoritário historicamente oprimido, que põe em “igualdade” de direitos a um operário homossexual com um heterossexual, no que respeita a questões como direito a obra social, pensão, adoção e herança. Esta é uma concessão ultra parcial que não afeta em nada os interesses da burguesia. Não toca seu sacrossanta propriedade privada e não resolve nenhum problema estrutural de todas as demandas democráticas da classe operária e o povo pobre. A discriminação se acabará só com o triunfo da revolução socialista! O que não significa desaproveitar toda concessão por mínima que seja, arrancada à burguesia, como quando lutamos por um 50% de aumento salarial e só nos dão o 5%. Tomamo-lo no caminho de seguir lutando, mas dizendo a verdade dos trabalhadores, que é uma miséria! Infelizmente os renegados do trotskismo terminam aplaudindo raivosamente junto à burguesia imperialista e Obama, quem a través do jornal Washington Post deu saudações e destacou a lei “impulsionada pelo governo Cristina Kirchner”. Os renegados do trotskismo tentam ocultar seu desbarranque afirmando que “a lei foi impulsionada pela centro esquerda”, isto é pela ala que comanda Pino Solanas, um burguês tão reacionário como os Kirchner e a oposição gorila. A esquerda reformista deve responder, desde quando o parlamento burguês pode votar algo favorável aos trabalhadores? Se este é o mesmo parlamento reacionário que sustentou e aprovou toda a política anti-operária nos últimos cem anos. O que avaliou o massacre operária na Semana Trágica e na Patagônia Rebelde. O que avaliou o extermínio da vanguarda operária nos anos ‘70, como propusesse o gorila radical Balbín, com o pretexto de liquidar à “guerrilha fabril”. O que avaliou sob o governo “democrático” do Geral Perón, Isabel e López Rega as massacres da Triple A (Aliança Anticomunista Argentina, NdT) contra más de 1500 lutadores operários e populares. O que avaliou o decreto do “Operativo Independência” em 1975, que preparou o caminho para o golpe gorila de Videla e seu genocídio. O que votou as leis do “Ponto Final” e a “Obediência Devida” que mantém livres a todos os milicos genocidas. O que votou o pagamento da “dívida externa“, o que garantiu o saque da nação com as privatizações, e o que impôs a flexibilização trabalhista escravista da mão da lei “Banelco”. A “frente democrática”: a política de colaboração de classes para subordinar aos explorados à burguesia O conjunto dos renegados do trotskismo nos querem convencer que numa frente “democrática” com a burguesia “progressista”, pressionando a este parlamento reacionário conseguiremos desde o direito ao aborto até o 82% móvel para aposentadoria, a separação da igreja do estado e demais. Sem vergonhas! Assim o único que conseguem os trabalhadores é renunciar a suas demandas e subordinar-se aos interesses da burguesia! Esta é a política que impulsionam as direções reformistas de todo pelagem, desde o CONCLAT, como continuidade do ELAC, a “Contra-cume dos Povos” do Madri, o “Encontro Socialismo 2010” do FSM nos EUA, e a V Internacional, para submeter ao proletariado à burguesia “democrática”. Assim atuaram na Honduras ante o golpe contra revolucionário de Obama e sua base militar, a United Fruit, a igreja e Micheletti, subordinando aos explorados ao bolivariano Zelaya (o presidente deposto) e onde se negaram a enfrentar ao golpe militar com os métodos da revolução proletária, permitindo que massacrassem à vanguarda operária e camponesa hondurenha e que se consolidasse o golpe. Assim atuaram na Bolívia, junto ao burocrata Montes da COB, negando-se a denunciar a Evo Morales submetendo ao combativo proletariado boliviano ao governo burguês da frente popular "democrática". Assim permitiram que estes pactuem com a Média Lua fascista massacradora de operários e camponeses e estabilizem o regime expropriador da revolução, com uma Constituição e um governo da frente popular que não lhes dá nem o pão aos operários, nem a terra aos camponeses, nem o gás aos bolivianos, nem racha com o imperialismo. Assim impulsionam ferventemente a frente “democrática” que na Palestina tenta impor a rendição das massas da Gaza para que aceitem ao “Estado de Israel” e a política dos “dois Estados”. Assim atuam ao interior do imperialismo ianque, propondo que a chegada de Obama ao governo é “um dos maiores golpes contra o racismo em sua história”, embelezando ao mesmíssimo açougueiro Obama que comanda o massacre ianque na Palestina, Iraque, Paquistão, Afeganistão e aos povos de Oriente Médio. Os renegados do trotskismo: gerando ilusões no parlamento burguês sustentam a teoria do “socialismo pela via pacifica”’ Infelizmente apoiando à burguesia “democrática” é a prova de que faz tempo renegaram da luta pela tomada do poder pela classe operária. Assim demonstraram ser inimigos do apotegma do Manifesto Comunista que afirma que “A liberação dos trabalhadores, será obra dos trabalhadores mesmos”. Os renegados do trotskismo, liquidadores da teoria programa da Revolução Permanente. É por isso que nada têm de trotskistas os usurpadores e destruidores da IV Internacional, sepultureiros de sua teoria programa da Revolução Permanente que com toda clareza Leon Trotsky propusesse em suas teses: “2. Com respeito aos países de desenvolvimento burguês atrasado, e em particular dos coloniais e semi coloniais, a teoria da revolução permanente significa que a resolução íntegra e efetiva de seus fins democráticos e da sua emancipação nacional tão só pode conceber-se por meio da ditadura do proletariado, empunhando ele o poder como caudilho da nação oprimida e, antes de tudo, de suas massas camponesas. 3. O problema agrário, e com ele o problema nacional, atribuem aos camponeses, que constituem a maioria terminante da população dos países atrasados, um posto excepcional na revolução democrática. Sem a aliança do proletariado com os camponeses, os fins da revolução democrática não só não podem realizar-se, senão que nem sequer cabe propor-lo seriamente. No entanto, a aliança destas duas classes não é viável más que lutando irreconciliávelmente contra a influência da burguesia liberal-nacional”. (Em negrito nossos) Walter Montoya
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