Brasil ÀS ORGANIZAÇÕES OPERÁRIAS, CAMPONESAS E ESTUDANTIS DO BRASIL Os explorados de Bolívia voltam a se sublevar, depois de que o governo assassino de Morales enviasse a seus cães de guarda da polícia a tirar da estrada aos camponeses pobres de TIPNIS que se dirigiam a La Paz em protesto contra a construção da rota transoceânica - que vai desde Brasil até o pacífico -, que deixasse pelo menos 4 mortos (dois meninos e dois adultos), centenas de feridos e centenas de detentos. Chamamos a todas as organizações que se reivindicam da classe operária e antiimperialista a sublevar-se no Brasil contra o massacre perpetrado pelo governo assassino de Morales, amigo do governo de Dilma-Lula. As transnacionais que saqueiam o continente americano durante o 2009 assinaram um acordo com Lula, Morales e Alan García para a construção de uma rota que ligue o oceano Atlântico com o Pacífico, para reduzir os custos do translado de mercadorias para sacá-las pelo Pacífico e levar-las até China. Estas obras estão sendo financiadas em sua grande maioria pelo BNDS e levadas adiante pela empresa brasileira OAS. Hoje os explorados de Bolívia soldando novamente a aliança operária e camponesa, rebelam-se contra o saque e a superexploração, apesar e na contramão das direções colaboracionistas da COB e a FSTMB que queriam desviar todo para uma luta de pressão às instituições do governo esfomeador e servente das transnacionais, como é o governo de Evo Morales. Com este combate o proletariado e os camponeses pobres, retomam o caminho revolucionário de 2003-2005 que fez rodar a cabeça primeiro de Goni e depois de Mesa; este é continuidade do combate contra o gasolinaço que o governo assassino de Morales quis impor a fins de 2010. No Brasil a classe operária e os camponeses pobres devem ser levantado contra as transnacionais que saqueiam a nação, as mesmas que hoje – através de seu servente Morales – assassinam os nossos irmãos bolivianos. O governo lacaio de Dilma-Lula fechou filas com os diferentes governos bolivarianos e do TLC, no continente, para garantir o saque dos recursos naturais e super-explorar à classe operária e os camponeses pobres, ao serviço das transnacionais. Novamente o proletariado e os explorados do Brasil têm uma obrigação inevitável, SUBLEVAR-SE JUNTO AO PROLETARIADO BOLIVIANO; em 2003-2005, em 2008, em 2010, as direções colaboracionistas e a esquerda reformista como o PSTU e o PSOL lhe ataram as mãos ao proletariado brasileiro para que não intervenha junto ao proletariado boliviano. Esta vez não pode acontecer o mesmo. As organizações da esquerda reformista que dirigem as centrais sindicais como a Conlutas e a Intersindical nada fizeram por se levantar junto a seus irmãos bolivianos, e novamente se colocam em um ângulo de 180º deste combate. Em 2008 o PSTU e o PSOL (que dirigem a Conlutas e a Intersindical) no ELAC (Encontro Latino Americano e Caribenho) submeteram ao proletariado do continente ao açougueiro Obama e sustentaram à traidora burocracia da COB encabeçada por Montes, enquanto este sustentava a Morales que pactuava com a Média Lua fascista, quando esta assassinava a dezenas de operários e camponeses. Em meados de 2010 novamente reuniram-se, esta vez no CONCLAT (Congresso da Classe Trabalhadora) em Santos, junto aos NPAs e demais organizações renegadas do trotskismo de dezenas de países, e votaram por unanimidade contra o encaminhamento dos delegados dos Fabris de La Paz que propuseram uma luta continental “contra a demagogia dos governos bolivarianos e as direções colaboracionistas que os sustentam”. O resultado disto foi a dispersão das filas operárias no continente, e a desmoralização de enormes faixas da vanguarda brasileira que viam neste congresso a possibilidade de unificar seu combate. Nada disto aconteceu e o PSTU-LIT e o PSOL se dedicaram novamente a desmobilizar aos trabalhadores, lhe deixando o caminho livre a Lula para que tenha uma transição tranqüila para o atual governo de Dilma, tão ou mais anti-operário e lacaio do imperialismo como foi o governo Lula. As organizações que se reivindicam da classe operária e antiimperialistas, devem levantar-se junto aos nossos irmãos da Bolívia, contra o saque e a superexploração, contra os governos lacaios do imperialismo que esfomeiam, reprimem, encarceram e assassinam a todo aquele operário ou camponês pobre que quer lutar por suas justas demandas. É URGENTE que as organizações operárias e de camponeses pobres do Brasil se sublevem contra as transnacionais e os governos lacaios do continente. Estes governos amigos de Morales mantêm produzindo em regimes de “Cama Quente” a milhões de explorados bolivianos, como os mais de 500 mil bolivianos que produzem como escravos nas oficinas têxteis de São Paulo; ou como o fazem mais de um milhão e médio de bolivianos superexplorados em oficinas têxteis e obras de construção civil na Argentina, que quando se sublevam por moradia são assassinados pelos cães de guarda e as bandas de lúmpenes pagados, enviados por Kirchner e Macri, como aconteceu quando operários bolivianos, paraguaios e argentinos ocuparam o Parque Indoamericano, ferindo a dezenas de trabalhadores e se cobrando a vida de três colegas: Rosemarie Churapuña, Juan Castañeta Quispe e Bernardo Salgueiro. A estes trabalhadores bolivianos que são escravizados no Brasil e Argentina, as centrais sindicais e a esquerda reformista lhe dão as costas de forma vergonhosa, demonstrando assim que só defendem os interesses de uma minoria aristocrática e sindicalizada que juntas não somam mais de 15 ou 20% do proletariado. A luta do proletariado e os camponeses pobres da Bolívia e o dos trabalhadores e a juventude de Chile, deve ser o combate dos trabalhadores, os camponeses pobres e a juventude brasileira. No combate de Bolívia e Chile está a chave para combater por salário, moradia, saúde, educação e contra o saque e a superexploração; eles marcam o caminho para fazer justiça pelos camponeses pobres assassinados no Brasil, para lutar pelo desprocessamento dos lutadores operários e populares, pela expulsão das tropas de ocupação dos morros e favelas do Rio de Janeiro, e por todas as demandas da classe operária e os explorados. Uma só classe operária, uma só luta continental! Esta é a única forma de lutar por nossas demandas e contra a privatização, a inflação e a carestia da vida impostas a sangue e fogo pelo governo e a patronal escravista. Esta é a única forma de unificar nossas filas nestas Campanhas Salariais, e passar de uma luta econômica (dispersada e dividida pelas direções da CUT, Conlutas, Intersindical, etc.) a uma luta política unificada, contra o governo, a patronal escravista e as transnacionais. Chamamos às organizações operárias, camponesas e estudantis que se reivindicam combativas e antiimperialistas, a levar adiante um plano de luta unificado, que se fraternize ao combate de Chile e Bolívia. Fora as transnacionais! Expropriação sem pagamento e sob controle dos trabalhadores de todas as transnacionais saqueadoras da nação! Abaixo a estrada que passa pelo território de TIPNIS! Expropriação da OAS e todas as empresas brasileiras em todo o continente e o mundo! Renacionalização sem pagamento e sob controle operário da Petrobras, Vale, Embraer e todas as privatizadas! Basta de submeter nossas organizações de luta à burguesia e seus governos. Que a Conlutas e a Intersindical rompam sua subordinação à burguesia! Que o PSTU e o PSOL rompam com sua política de pressão impotente e ponham todas suas forças em sublevar ao proletariado e os explorados brasileiros junto a nossos irmãos de Bolívia e Chile! Basta de solidariedade da boca para afora, há que passar das palavras aos fatos! Façamos nosso o grito de guerra dos explorados bolivianos: Evo, Kirchner, Dilma, Piñera são a mesma porcaria! Fora todos, que não fique nem um só! Abaixo a burocracia colaboracionista de nossas organizações em todo o continente! Que viva a revolução boliviana, chilena e latino americana que não deixará viver em paz às direções colaboracionistas! Há que derrotar aos Khadafy, Ben Alí, e Mubarak de todo o continente americano! |