voltar ao índice

 

Viva a greve geral revolucionária dos trabalhadores e os camponeses pobres da Bolívia contra o governo assassino de Evo Morales, servente do imperialismo!
Assim se luta contra a farsa da “Revolução Bolivariana”, os governos “khadafistas” assassinos do continente e o saque imperialista!

 

No dia de hoje (28-09-2011) a classe operária e as massas exploradas da Bolívia protagonizaram uma enorme jornada revolucionária em resposta à sangrenta repressão do  governo “bolivariano” de Evo Morales contra os camponeses pobres do TIPNIS.
Esta ação das massas, que impuseram uma verdadeira greve geral revolucionária, se levou adiante apesar e na contramão da burocracia colaboracionista da COB (Central Operária Boliviana, NdeT) e da FSTMB (Federação Sindical de Trabalhadores Mineiros da Bolívia,, NdeT). As massas derrotaram nas ruas a política desta podre burocracia que queria uma paralisação de pressão sobre o governo onde cem burocratas se acercassem ao Palácio do Queimado a negociar um mísero aumento salarial.
Contra esta política desde El Alto, em La Paz, baixava uma interminável coluna de milhares de trabalhadores fabris, do magistério e outros setores ao grito de “Evo treme, Outubro está perto” para unir-se aos milhares de camponeses que se agrupavam em La Paz e colmavam as principais ruas e avenidas da cidade, bordejando a Praça Murillo, em frente à sede de governo. Assim se voltava a pôr em pé o terror da burguesia: a aliança da classe operária e os camponeses pobres que atirasse abaixo ao governo de Goni e depois ao de Mesa, nos combates revolucionários do 2003-2005.
Esta mobilização e demonstração de forças dos explorados em La Paz foram enormes. Quando a cabeça da marcha chegava ao canto das ruas Ingavi e Jenaro Sanginés, a fila estava ainda na zona da Portada, cerca do El Alto. Foram 50 quarteirões ocupados pelos marchistas, depois de consignas revolucionárias de “Esmagar ao governo de Evo genocida! Expulsar às transnacionais!”.
Enquanto, em outras regiões da Bolívia sublevada, milhares de manifestantes em Cochabamba, Santa Cruz, Oruro, Sucre e Potosí, irrompiam ao grito de "Evo dizia que tudo mudaria. Mentira, mentira, é a mesma porcaria" e "a direita e os masistas são a mesma porcaria", em alusão ao Movimento Ao Socialismo (MAS), o partido do assassino Morales.

Viva a jornada revolucionária das massas de Bolívia! Novamente os explorados bolivianos, marcando um ângulo de 180° com a burocracia da COB e demais direções colaboracionistas que sustentam ao governo Morales, puseram como encaminhamento para todo o proletariado latino americano e mundial a luta por atirar abaixo aos governos “bolivarianos” e pela expulsão das transnacionais imperialistas.


No entanto este enorme combate ainda não conseguiu seu objetivo, já que aos mineiros de Huanuni, uns dos batalhões centrais do proletariado, lhe ataram as mãos para brigar. É que a burocracia sindical da COB e da FSTMB, sustentada pelo POR e todo o Fórum Social Mundial, não chamaram a que parem e unam seu combate com os camponeses pobres e os explorados que lhe declararam a guerra ao assassino Evo Morales.
Estas organizações puseram aos trabalhadores mineiros de Huanuni aos pés do bolivariano Morales, propondo que a saída a suas demandas estava em pressionar ao governo para conseguir a nacionalização das mineras. Uma verdadeira fraude quando justamente os explorados se sublevam contra o governo de Evo Morales que só lhes deu fome, repressão e cárcere aos trabalhadores e camponeses pobres.
Pelo contrário, se os mineiros com sua dinamite encabeçassem este combate, o governo de Morales e as transnacionais não durariam um minuto. Justamente isto é o que o POR e a burocracia colaboracionista querem impedir-lho, demonstrando assim serem fiéis serventes de Evo Morales.
Para todas estas direções colaboracionistas deve irromper a terceira onda da revolução boliviana que começou contra o “gasolinaço” de Morales, porque a burguesia e o imperialismo têm pânico de que esta luta se junte com o Chile sublevado e que desta vez seja a classe operária e suas organizações de combate os que encabecem uma nova onda revolucionária em toda América Latina.
Ainda por cima, após tudo isto o POR tem a desfaçatez de falar de “socialismo”! São “socialismo” nos dias de festa, mas quando as massas entram em manobras de revolução como em Líbia chamam a apoiar ao assassino Khadafy que garantiu durante anos o saque das petroleiras imperialistas, como hoje o faz seu maior defensor, o governo de Evo Morales.

Nestes combates revolucionários das massas bolivianas, ficou claro que há duas políticas. Ou está-se com as massas que desfilaram para esmagar ao genocida Evo Morales e expulsar às transnacionais como proclama o programa da IV Internacional; ou está-se com as mesas de negociações, as leis nos parlamentos, os falhos da justiça e toda essa política impotente e reformista, que não é outra coisa que sustentar ao governo de Morales e todos os bolivarianos, como fazem o POR, o PSTU e o PSOL do Brasil, o “Frente de Esquerda” do PO e o PTS da Argentina e todos os renegados do trotskismo.

As massas bolivianas voltaram a se pôr de pé retomando o terceiro embate da revolução que começasse em 2003 e depois se voltasse a levantar em 2005. Este novo embate é parte da heróica revolução operária e socialista que começou no Norte da África e Oriente Médio.

Que viva a revolução boliviana e latino americana que não deixará viver em paz a todas as direções reformistas!

Há que derrotar aos Khadafy, Ben Alí e Mubarak de todo o continente americano!


| contactenos